Nesta segunda-feira, 24 de junho, o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, utilizou as redes sociais para criticar certas categorias profissionais que, segundo ele, agem como se tivessem o direito de ditar regras para o país. Barbosa mencionou médicos, advogados e engenheiros, descrevendo-os como grupos historicamente privilegiados que extrapolam suas funções sociais, pretendendo impor normas ao país sem a devida legitimidade.
"Médicos, advogados, engenheiros. São castas historicamente privilegiadas que se acham donas do país. Não se limitam a cumprir o papel e a ocupar o espaço que lhes é reservado na sociedade, gostam de ditar normas ao país, com % de legitimidade".
Barbosa compartilhou um texto da bióloga Natalia Pasternak, publicado no jornal O Globo, onde ela critica as recentes decisões do Conselho Federal de Medicina (CFM). O texto se refere a uma resolução do CFM que buscava restringir o acesso ao aborto após 22 semanas de gestação, mesmo em casos de estupro envolvendo crianças e mulheres.
Essa resolução foi suspensa pelo ministro Alexandre de Moraes, que atendeu a um pedido do Psol. Moraes apontou possíveis abusos de poder por parte do CFM ao estabelecer condições aparentemente além do permitido pela lei para a realização do aborto em situações de gravidez resultante de estupro.