Joaquim Barbosa, presidente do STF, nega ter sido “deselegante” com Dilma na recepção ao Papa

Ele disse que mantém “relacionamento institucional de alto nível” com Dilma.

Joaquim Barbosa cumprimenta papa Francisco em cerimônia | Reprodução
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Em nota oficial divulgada nesta quarta-feira (24), o Supremo Tribunal Federal (STF) negou que o presidente da corte, Joaquim Barbosa, foi "deselegante" com a presidente da República, Dilma Rousseff, na cerimônia de recepção ao Papa Francisco na última segunda (22), no Rio de Janeiro.

A nota, assinada pela Secretaria de Comunicação Social do STF, rebate notícias de que Barbosa cumprimentou o Papa e ignorou Dilma - veja a íntegra da nota no fim da reportagem.

O Supremo afirmou ainda que as notícias causaram "grande surpresa" a Joaquim Barbosa, uma vez que ele mantém "relacionamento institucional de alto nível" com a presidente Dilma.

"Com base em imagens de TV captadas a partir de determinado ângulo, foram criadas versões sobre o comportamento do ministro que não encontram amparo na realidade. O ministro repudia interpretação de que teria sido deselegante com a presidente e ratifica seu respeito pelos poderes constituídos", diz a nota.

A nota relata ainda que Barbosa se encontrou com Dilma no Palácio do Planalto por duas ocasiões nos últimos dois meses, a primeira para tratar de reforma política e a segunda para discutir a situação do sistema prisional.

O Supremo explicou também que Joaquim Barbosa não cumprimentou Dilma porque já havia conversado com ela na sala privativa de autoridades, e citou que o presidente do STF trocou "discreto sorriso" com a presidente.

"Por ocasião dos cumprimentos, o ministro apertou respeitosamente a mão do Santo Padre, e trocou discreto sorriso com a presidente. Isso porque avaliou não ser necessário novo cumprimento protocolar, uma vez que isso já havia ocorrido por ocasião de sua chegada ao Palácio."

Veja a íntegra da nota divulgada:

"Nota sobre a cerimônia de recepção ao Papa Francisco

Causou grande surpresa ao Presidente do Supremo Tribunal Federal, Ministro Joaquim Barbosa, a divulgação de suposta descortesia dele com a Presidente da República, Dilma Rousseff, por ocasião da cerimônia com o Papa Francisco no Palácio Guanabara, sede do Governo do Estado do Rio de Janeiro. Com base em imagens de TV captadas a partir de determinado ângulo, foram criadas versões sobre o comportamento do Ministro que não encontram amparo na realidade. O Ministro repudia interpretação de que teria sido deselegante com a Presidente e ratifica seu respeito pelos Poderes constituídos.

Na condição de Presidente do STF, o Ministro Joaquim Barbosa tem mantido relacionamento institucional de alto nivel com a Presidente Dilma. Em um espaço de dois meses, foram realizadas duas audiências no Palácio do Planalto, sendo a primeira convocada pela Presidente da República e a segunda solicitada pelo Presidente do Supremo. Nesses encontros foram discutidos temas de grande relevância para a vida do País. Em uma dessas ocasiões, foi feito o convite para que o Presidente do STF comparecesse à cerimônia de recepção ao Papa Francisco, convite que foi prontamente aceito.

No dia da cerimônia, logo ao chegar ao Palácio da Guanabara, o Ministro Joaquim Barbosa depois de cumprimentar outras autoridades presentes, foi convidado a dirigir-se à sala privativa onde se encontrava a Presidente, o Governador Sérgio Cabral, além dos Presidentes do Senado, Renan Calheiros, e da Câmara, Henrique Alves. Permaneceu lá por mais de uma hora. Depois, dirigiu-se junto com as demais autoridades até o local que lhes fora destinado na cerimônia.

Por ocasião dos cumprimentos, o Ministro apertou respeitosamente a mão do Santo Padre, e trocou discreto sorriso com a Presidente. Isso porque avaliou não ser necessário novo cumprimento protocolar, uma vez que isso já havia ocorrido por ocasião de sua chegada ao Palácio.

Secretaria de Comunicação Social do STF"

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