Joe Biden desiste da candidatura à reeleição nos EUA

A decisão surpreendeu aliados e opositores, gerando intensas especulações sobre quem o Partido Democrata escolherá para concorrer nas eleições de 2024

Joe Biden | Reprodução
Siga-nos no Seguir MeioNews no Google News

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou neste domingo (21) que desistiu de concorrer à reeleição. Em um comunicado no X, Biden disse que cumprirá seu mandato até janeiro de 2025. "Foi a maior honra da minha vida servir como seu presidente. E embora tenha sido minha intenção buscar a reeleição, acredito que é do melhor interesse do meu partido e do país que eu me afaste e me concentre exclusivamente em cumprir meus deveres como presidente pelo restante do meu mandato", escreveu Biden.

Presidente dos EUA, Joe Biden - Foto: Reprodução

desistência devido à pressão do partido

A desistência ocorre após pressões do partido e de parte do eleitorado democrata. A crise na campanha de Biden começou no fim de junho, quando ele teve um mau desempenho em um debate contra Donald Trump. À época, a capacidade cognitiva do presidente foi colocada em dúvida. Até o momento, Biden resistia à pressão de diversas maneiras, dando entrevistas e negando alegações de declínio cognitivo e físico, mas nos últimos dias os rumores de desistência aumentaram.

insegurança com Biden

O ex-presidente Barack Obama e a ex-líder da Câmara Nancy Pelosi, duas fortes vozes no Partido Democrata, demonstraram insegurança com o atual presidente. Segundo a "CNN", Pelosi disse a Biden que ele não venceria, enquanto Obama demonstrou receio sobre as chances do atual presidente na eleição. Biden foi diagnosticado com Covid-19 na quarta-feira (17) e teve de suspender eventos de campanha. Desde então, ele está em isolamento em sua casa em Delaware.

Debate entre Donald Trump e Joe Biden - Foto: Reprodução

debate contra trump

Durante a disputa televisionada no final de junho, Biden apresentou voz rouca — atribuída a um resfriado —, pouco entusiasmo e hesitou em diversos momentos. Trump, por outro lado, despejou uma série de mentiras com calma e de forma assertiva. Após a má performance de Biden no debate, a imprensa norte-americana citou o estado de pânico entre os democratas. A Convenção Nacional Democrata, que vai oficializar o candidato do partido para disputar a Casa Branca, será entre 19 de agosto e 22 de agosto.

Leia o comunicado na íntegra:

Meus companheiros americanos,

Nos últimos três anos e meio, fizemos grandes progressos como Nação.

Hoje, a América tem a economia mais forte do mundo. Fizemos investimentos históricos em reconstruir nossa nação, na redução dos custos de medicamentos prescritos para idosos e na expansão cuidados de saúde acessíveis a um número recorde de americanos. Fornecemos cuidados extremamente necessários a um milhão de veteranos expostos a substâncias tóxicas. Aprovou a primeira lei de segurança de armas em 30 anos. Nomeada a primeira mulher afro-americana para a Suprema Corte. E passou mais legislação climática significativa na história do mundo. A América nunca esteve melhor posicionados para liderar do que estamos hoje.

Sei que nada disso poderia ter sido feito sem vocês, povo americano. Juntos nós superamos uma pandemia que ocorre uma vez a cada século e a pior crise econômica desde a Grande Depressão. Protegemos e preservamos a nossa democracia. E nós revitalizamos e fortalecemos nossas alianças em todo o mundo.

Foi a maior honra da minha vida servir como seu presidente. E embora tenha sido minha intenção de buscar a reeleição, acredito que é do interesse do meu partido e do país para mim renunciar e concentrar-me exclusivamente no cumprimento dos meus deveres como Presidente durante o resto do meu prazo.

Falarei à Nação ainda esta semana com mais detalhes sobre minha decisão.

Por enquanto, deixe-me expressar minha mais profunda gratidão a todos aqueles que trabalharam tanto para me ver reeleito. Quero agradecer à vice-presidente Kamala Harris por ser uma parceira extraordinária em todos Este trabalho. E deixe-me expressar meu sincero apreço ao povo americano pela fé e confiança que você depositou em mim.

Acredito hoje no que sempre acreditei: que não há nada que a América não possa fazer quando o fazemos junto. Só temos que lembrar que somos os Estados Unidos da América.

Para mais informações, acesse meionews.com

Carregue mais
Veja Também
Tópicos
SEÇÕES