Os passaportes do empresário Joesley Batista e do diretor de Relações Institucionais do grupo empresarial J&F – holding controladora do frigorífico JBS, Ricardo Saud, foram entregues pela defesa dos dois delatores da Lava Jato para Polícia Federal.
Os defensores dos executivos da J&F pediram para ser ouvidos pelo ministro Luiz Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF, antes de o magistrado tomar uma decisão sobre o pedido de prisão de Joesley e Saud apresentado nesta sexta (8) pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
O pedido de prisão está sob sigilo – nem a Procuradoria Geral da República (PGR) nem o Supremo confirmam que foi enviado. A decisão sobre a solicitação de Janot será tomada por Fachin. Se o relator da Lava Jato autorizar as prisões, o acordo de delação premiada firmado entre a J&F e a PGR deve ser rescindido.
O termo de delação prevê que o acordo perderá efeito se, por exemplo, o colaborador mentiu ou omitiu, se sonegou ou destruiu provas. Sobre a validade das provas apresentadas, mesmo se os termos da delação forem suspensos, continuarão valendo – provas, depoimentos e documentos.