José Maranhão (PMDB) promete reconstruir a Paraíba

Novo Governador da Paraiba

Jose Maranhao | Divulgação
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Maranhão: reconstruir é a palavra de ordem do novo governo

Ao tomar posse no cargo de governador no começo da noite desta quarta-feira (18), em sessão solene da Assembléia, José Maranhão (PMDB) prometeu reconstruir a Paraíba.

O Estado, segundo ele, precisa ser reconstruído porque está arruinado e clama por ser resgatado dos escombros que expõem uma terra arrasada pela incompetência e incúria do seu antecessor.

Deixou muito claro que reconstrução é a palavra de ordem do novo governo, garantindo que não se deixará abater pelo "oceano de dificuldades" que deverá encontrar na administração estadual.

Sem especificar que dificuldades seriam essas, o novo governador denunciou, contudo, que o seu antecessor teria promovido a destruição de documentos e dados de interesse do serviço público, com o único intuíto de prejudicar a gestão que começa.

Sem também mencionar iniciativas concretas com as quais pretende realizar a reconstrução prometida, Maranhão disse apenas que espera contar com o apoio dos deputados estaduais - "sem cooptação" - e, sobretudo, do governo Lula.

Ao se referir ao Presidente da República, o governador revelou que viu em recente pesquisa de opinião um dado que o teria impressionado: Lula conta com 97% de aprovação popular na Paraíba.

Lula no viva-voz

Curiosamente, em dado momento Maranhão teve que interromper a leitura de seu discurso para atender a um telefonema do presidente, que deseja transmitir pessoalmente ao governador congratulações e disposição de apoiar o novo governo da Paraíba.

Saudado aos gritos de "Lula, Lula, Lula" pela maioria dos presentes à solenidade, o presidente concordou que a sua conversa com Maranhão fosse ouvida por todos através do viva-voz do celular com o qual o governador atendeu à ligação.

Além de Lula, Maranhão elogiou a lealdade e a correção do seu vice, Luciano Cartaxo, lembrando que o então vereador petista jamais fraquejou na luta contra a "corrupção eleitoral" que lhes teria suprimido dois anos e quase dois meses de mandato.

A parte final do pronunciamento foi dedicada a anunciar que as prioridades do novo governo contemplam a saúde (mencionou 23 hospitais sucateados ou abandonados), lembrando que o governo Cássio sempre gastou na área muito aquém do mínimo exigido constitucionalmente (12%).

Maranhão mostrou que 12% da receita líquida do Estado correspondem a R$ 48 milhões, que poderiam estar sendo aplicados na oferta de serviços de qualidade à população.

Outra prioridade é a segurança pública, que segundo o governador está um caos porque os investimentos próprios do Estado no setor também são abaixo do esperado ou necessário para uma Polícia mais eficiente, mais preparada e motivada com meios de trabalho decentes.

Prova de que o aparelho da segurança pública do Estado estaria igualmente sucateado seriam as viaturas usadas pela força policial. A maioria da frota, observou, ainda é constituída por carros que ele entregou quando governava a Paraíba entre 1995 e 2002

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