José Sarney declara que não vai se licenciar ou renunciar ao cargo de presidente da casa

A crise do Senado é uma crise política e que a oposição tenta dela se aproveitar para criar instabilidade e tumultuar a vida do governo

José Sarney | Arquivo
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O senador José Sarney disse ao presidente Lula, em encontro que tiveram no começo da tarde, que não vai se licenciar nem renunciar ao cargo de presidente do Senado. Ele pretende, conforme disse ao presidente, liderar o processo de saneamento do Senado. Sarney disse a peemedebistas que gostou da conversa e que a tarefa, agora, é recompor a base de sustentação ao governo. Isso quer dizer que o presidente Lula assumiu a tarefa de conduzir o PT a apoiá-lo. No encontro, Sarney mostrou a relação de medidas já adotadas desde que assumiu a presidência e informou que outras serão anunciadas na semana que vem.

Na avaliação dos dois, a crise do Senado é uma crise política e que a oposição tenta dela se aproveitar para criar instabilidade e tumultuar a vida do governo. Em função disso, a primeira tarefa será a recomposição da base governista, reaproximando os dois principais partidos no Senado - PMDB e PT. O encontro de Lula e Sarney aconteceu um dia depois de Lula ouvir o PT do Senado e constatar que a bancada esta dividida, com pelo menos quatro senadores defendendo o afastamento de Sarney da presidência.

Segundo fontes do governo, o presidente Lula concordou com a avaliação de que a crise é do Senado, e não só do senador Sarney que, segundo ele observou, assumiu o cargo há menos de cinco meses.

Ao mesmo tempo, Sarney se disse tranquilo no Senado. Segundo a contabilidade do PMDB, hoje ele tem ao menos 54 votos em sua defesa por lá.

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