A 5ª Vara Federal Cível em São Paulo extinguiu nesta terça-feira (18) uma ação popular proposta por dois cidadãos contra Joesley Batista, um dos donos da JBS, referente ao suposto lucro obtido com a compra de dólares às vésperas da divulgação da gravação com o presidente Michel Temer.
O juiz federal Tiago Bitencourt De David também determinou o desbloqueio de R$ 800 milhões em bens do réu que estavam indisponíveis desde a decisão liminar proferida em 30 de maio. Ainda cabe recurso da decisão.
Segundo o despacho, o juiz entendeu que ação popular não seria a via adequada para pleitear o bloqueio, "tendo em vista situações que surgiram após a decisão liminar".
Dias após o mesmo juiz determinar o bloqueio dos bens de Joesley, a J&F, controladora da JBS, fechou acordo de leniência com o MPF (Ministério Público Federal) no qual se comprometeu a pagar R$ 10,3 bilhões. . Desse total, R$ 8 bilhões serão destinados a ressarcir instituições prejudicadas pelos crimes cometidos pelas empresas do grupo.
Com isso, o ressarcimento dos prejuízos sofridos pelo BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social), que é acionista da JBS, estaria contemplado no acordo de leniência, de acordo com o juiz.