O senador João Vicente Claudino, presidente regional do PTB, minimizou ontem o clima de afastamento entre petistas após a votação do último domingo, que definiu a vitória da tese que apoia a aliança entre o PTB e o PT nas eleições municipais deste ano em Teresina.
"É uma característica do PT fazer um debate democrático e depois ir por inteiro, com todo o partido marchando unido", aposta. João Vicente acredita ainda na presença do senador Wellington Dias (PT) no palanque do prefeito Elmano Férrer (PTB), pré-candidato a reeleição na capital.
"No mesmo sentido acredito que, pelo respeito às instâncias partidárias, o senador Wellington Dias deve seguir o mesmo caminho, apoiando as lideranças que o ajudaram em sua caminhada", pontuou, acrescentando que o PT e o PTB deverão ser os partidos que mais marcharão juntos em alianças no interior do Piauí nas eleições de 2012.
"Nas eleições de 2002 nós apoiamos o Wellington Dias e fomos parceiros. Não é um problema em uma eleição do passado que vai ser colocado em uma questão municipal", afirmou. Em 2010 o PT seguiu o PSB com a candidatura do atual governador Wilson Martins, enquanto João Vicente encabeçou uma candidatura paralela ao Governo do Estado.
O senador destaca que o PTB "não faz política criando arestas" com nenhuma sigla e lembra que, no interior do Estado, petebistas e tucanos são aliados em coligações que irão disputar o pleito deste ano. "Não podemos, em uma eleição municipal, querer que a conjuntura de uma cidade influencie os 224 municípios", disse, em alusão à atual rivalidade entre PTB e PSDB na capital.
O senador ressalta que, a partir de maio, a legenda deve retomar os encontros regionais iniciados no ano passado visando fortalecer estratégias para as eleições municipais. "Vamos retomar esses encontros para saber o retrato da situação política dos municípios, inclusive, sobre os planos de governo dos candidatos a prefeito", frisou.
BANCADA - Coordenador da bancada piauiense no Congresso Federal, João Vicente também articula uma reunião com a ministra do Planejamento, Míriam Belchiorpara pedir mais recursos para o Piauí.