O deputado Elmar Nascimento (BA), líder do União Brasil na Câmara, afirmou que o partido não irá pressionar o governo de Lula para substituir o chefe do Ministério do Turismo. O deputado defende que haja uma negociação entre as partes para fortalecer a estrutura do ministério e atender às demandas dos parlamentares.
A declaração de Elmar veio após uma reunião dos deputados da legenda, onde discutiram as ações a serem tomadas em relação à possível saída de Daniela Carneiro do ministério. O União Brasil apoia a nomeação do deputado Celso Sabino (PA).
"O timing é do presidente Lula, não iremos impor nada a ninguém. O governo sabe qual é o momento mais adequado, especialmente se quiser resolver a situação com a ministra Daniela. É o mais correto, pois ela apoiou o presidente Lula e sempre foi leal ao governo. Não podemos ignorar isso e tratar de indicações e nomeações sem resolver essa questão primeiro", comentou o deputado.
Atualmente, o União Brasil possui dois ministérios: Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional) e Juscelino Filho (Comunicações). Daniela Carneiro, embora tenha sido do partido quando nomeada, solicitou a desfiliação em abril para se juntar ao Republicanos. Góes também não é considerado um representante fiel do partido, o que resultou em alta taxa de infidelidade do União Brasil em votações importantes para o governo federal.
Nas últimas semanas, lideranças do partido passaram a pressionar Lula para que ocorressem mudanças nos ministérios, com Daniela sendo o principal alvo. No embate, o partido saiu vitorioso, e a ministra será demitida nos próximos dias.
Após a reunião, Elmar afirmou que não esperava a demissão de Daniela nesta terça-feira. "Nunca houve essa expectativa. Nós nunca discutimos isso. Tudo o que foi divulgado na imprensa são especulações, não sei quem são as fontes. Dentro da bancada, nunca houve um prazo definido."
"O presidente Lula é quem tem a legitimidade para escolher, nomear e demitir ministros. Quando e se ele achar adequado, ele nos convocará. Há um consenso entre nós e o governo de que a forma como foi feita no início do mandato não foi a mais adequada, pois não houve a legitimação da bancada", concluiu Elmar.