O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), optou por não avançar com o projeto de anistia aos solicitados nos atos golpistas de 8 de janeiro, mesmo após prometer resolver o tema antes do fim de seu mandato. Na última semana de atividades sob sua presidência, o foco será a pauta econômica, com a votação da reforma tributária, do pacote fiscal e do orçamento de 2024. A criação de uma comissão especial para tratar da anistia permanece sem entrega.
Lira retirou o projeto da pauta da CCJ em outubro e afirmou que resolveria a questão em seu mandato, mas aliados disseram que ele não voltou a tratar do tema com líderes partidários. A decisão de adiar a discussão foi reforçada após as explosões em frente ao STF, no dia 13 de novembro, episódio que, segundo parlamentares, enfraqueceu o clima para o debate. A sucessão na presidência da Câmara, com Hugo Motta (Republicanos-PB) como favorito, também diminuiu a possibilidade de acordo.
A oposição e o PL pressionaram pela retomada do tema, inclusive com sugestões de incluir na anistia o ex-presidente Jair Bolsonaro, o que abriria caminho para sua candidatura em 2026. O líder do PL na Câmara, Altineu Côrtes (RJ), disse confiar que Lira cumprirá a promessa de contribuir para a votação, mesmo após deixar a presidência. Côrtes destacou a importância de Lira manter a palavra, diante das expectativas dos partidos de oposição.
arquivamento do projeto
A presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), reafirmou a posição posicionada à anistia e defendeu o arquivamento do projeto. Para ela, as recentes revelações sobre os atos golpistas tornam uma discussão ainda mais inoportuna. Mesmo com a pressão de oposicionistas, o PT pretende articular-se com outras legendas para barrar qualquer tentativa de avanço da proposta no plenário da Câmara.
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