O presidente eleito Luiz Inacio Lula da Silva (PT) e sua equipe participaram nesta terça-feira (13) do evento de encerramento dos trabalhos da transição de governo. Lula anunciou o ex-ministro Aloizio Mercadante para assumir a presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES). O eleito estará no comando a partir de 1º de janeiro de 2023.
Pela manhã, a cantora Margareth Menezes aceitou o convite do presidente eleito Lula (PT) para comandar o Ministério da Cultura a partir de 2023. O Ministério da Cultura foi extinto pelo governo Jair Bolsonaro e transformado em uma secretaria vinculada ao Ministério do Turismo. Durante a campanha, Lula disse que, se eleito, iria recriar o Ministério da Cultura.
Lula havia confirmado cinco nomes para assumir ministérios a partir de janeiro de 2023. O Ministério da Fazenda será comandado pelo ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad. A Casa Civil terá como titular o atual governador da Bahia, Rui Costa. Na Defesa, assumirá o ex-ministro e ex-deputado José Múcio Monteiro. Para o Ministério da Justiça, o escolhido é o senador eleito Flávio Dino. Nas Relações Exteriores (Itamaraty), o chanceler será o embaixador Mauro Vieira.
Em pronunciamento, o petista fez duras críticas contra a gestão de Jair Bolsonaro. Lula também fez agradecimento a senadora Simone Tebet, que não foi a diplomação nesta segunda-feira (12). O Coordenador dos grupos técnicos, Aloizio Mercadante disse que a transição preparou 23 páginas de "revogaço" de atos do atual governo Jair Bolsonaro.
"Ali tem também revogaço. Só de revogaço, presidente, tem 23 páginas. Estamos revogando tudo. Tem 23 páginas, nós estamos passando por uma peneira bem fina para poder avaliar cada medida e suas implicações", afirmou Mercadante.
O coordenador dos grupos técnicos não detalhou quais normas deverão ser revogadas. Integrantes da transição já disseram, por exemplo, que entre esses atos estarão decretos que facilitam acesso a armas de fogo.
"Tudo isso agora vai para os novos ministros, que vão reanalisar o que está ali e decidir junto com o presidente o que será revogado e as medidas preliminares para esse início de governo", completou Mercadante.
BALANÇO DE TRANSIÇÃO
O encontro ocorreu no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília, onde funciona o gabinete de transição de governo. Além de Lula, participaram o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, a coordenadora de articulação política, Gleisi Hoffmann, e o coordenador dos grupos técnicos, Aloizio Mercadante.
Geraldo Alckmin, a coordenadora de articulação política, Gleisi Hoffmann. A equipe de transição teve 32 grupos temáticos, que produziram relatórios com diagnósticos da máquina pública e sugestões de medidas a serem adotadas por Lula após a posse. A maioria dos integrantes da transição trabalharam no projeto de forma voluntária. Por lei, a transição poderia nomear até 50 integrantes remunerados nesse período até a posse.
Além de Lula e Mercadante, participaram o vice-presidente eleito e coordenador da transição,“Essa foi a transição mais participativa de todos os governos. Na realidade, foram (...) perto de mil colaboradores, participantes, mas, na realidade, se contar zoom, participação à distância, técnica, foram mais de cinco mil pessoas no Brasil inteiro que deram sua contribuição voluntária”, afirmou Alckmin.