Nesta segunda-feira (18), o ministro das Cidades, Jader Filho, anunciou que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem a intenção de adquirir energia solar para reduzir os custos de eletricidade em imóveis do programa Minha Casa, Minha Vida. Anteriormente, a estratégia envolvia a compra e instalação de painéis solares nas novas unidades do programa, mas essa abordagem acabou sendo abandonada.
Durante um evento intitulado "Brasil em foco: mais verde e comprometido com o desenvolvimento sustentável", realizado em Nova York (Estados Unidos) e organizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o ministro explicou a mudança de planos.
"Ficou perceptível que em alguns Estados, quando se colocava placas solares no telhado das casas, aquilo muitas vezes era vendido ou não tinha manutenção para dar sequência nisso. Baseado nessa experiência, chegamos à conclusão de que era melhor fazer a compra da energia a partir das pessoas que produzem energia solar por meio de fazendas que já temos em diversos cantos do país", afirmou Jader Filho.
A lei que recriou o Minha Casa, Minha Vida, aprovada no Congresso Nacional, originalmente previa a instalação de placas solares nos imóveis do programa e obrigava as distribuidoras de energia a comprar o excedente de energia elétrica produzida por essas placas nas novas unidades. No entanto, esse trecho foi vetado por Lula devido às preocupações do setor elétrico e dos consumidores. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), essa obrigação de compra teria um potencial impacto anual de aproximadamente R$ 1 bilhão para todos os consumidores do Brasil.
Jader Filho destacou que houve uma "curva de aprendizagem" do governo, levando à reavaliação do modelo. "O mesmo valor que seria investido na aquisição dessas placas solares será destinado à aquisição da energia. Atualmente, estamos em discussões com o Ministério de Minas e Energia, a Casa Civil e o Congresso Nacional para apresentar essa proposta à sociedade", afirmou.
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