O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) entrou em contato com Gilmar Mauro, coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), para expressar solidariedade às vítimas do ataque ao assentamento Olga Benário, em Tremembé, interior de São Paulo, que deixou duas pessoas mortas e seis feridas.
VISITA AO ACAMPAMENTO
Lula informou que planeja visitar o assentamento Olga Benário, sem data definida, e pediu à Polícia Federal (PF) que investigue o caso. No sábado (11), o Ministério da Justiça determinou que a PF abrisse inquérito e enviou uma equipe com agentes, perito e papiloscopista ao local.
MINISTRO ACOMPANHA INVESTIGAÇÕES
O presidente Lula enviou o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, para acompanhar as investigações. Teixeira afirmou que o ataque está relacionado ao crime organizado e teria sido motivado pela disputa por um lote, destinado à reforma agrária e utilizado pelo movimento, que era alvo de interesse de criminosos.
Após o ataque, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania anunciou que reforçará a proteção aos movimentos sociais e oferecerá assistência às lideranças do assentamento atingido.
MORTES
O ataque ao Assentamento Olga Benário deixou duas mortes confirmadas: Gleison Barbosa, de 28 anos, e Valdir do Nascimento, de 52. Inicialmente, o MST mencionou três mortes, mas depois confirmou duas. Seis feridos foram hospitalizados em Taubaté e Tremembé, com um deles em estado “muito grave”.
Segundo o MST, os atiradores chegaram ao local em cinco carros e duas motos. A SSP-SP informou que um homem foi preso em flagrante por porte ilegal de arma.