Apesar das negativas oficiais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) expressou sua preocupação diretamente ao presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, durante a reunião realizada na terça-feira (21) no Palácio do Planalto, questionando a demora na redução dos preços dos combustíveis, conforme aponta o blog do jornalista Gerson Camarotti.
Lula não escondeu sua insatisfação com o atraso na queda dos preços do diesel e da gasolina, especialmente após a redução do preço internacional do barril de petróleo e a diminuição do dólar. No entanto, seus assessores asseguram que não está em discussão uma mudança no comando da Petrobras.
O encontro, originalmente agendado para discutir o plano de investimentos da Petrobras, contou com a participação dos ministros Fernando Haddad (Fazenda), Alexandre Silveira (Minas e Energia) e Rui Costa (Casa Civil), além de Prates e Lula.
A pressão mais intensa pela redução dos preços dos combustíveis partiu dos ministros Silveira e Rui Costa, com ênfase na retomada da produção de fertilizantes para reduzir as importações brasileiras.
Em uma reunião subsequente nesta quarta-feira (22) no Palácio do Planalto, a discussão se voltará para o gás de cozinha (GLP), com o governo pressionando pela diminuição de seu preço.
Jean Paul Prates, diante da mudança na política de preços da Petrobras, argumenta internamente que a estratégia é suavizar as oscilações decorrentes da variação constante do preço internacional do barril de petróleo. Durante este ano, a empresa conseguiu evitar essas oscilações com o aumento do preço do barril, mas a redução também não ocorre automaticamente agora para compensar perdas.
A reunião de terça-feira deixou claro que a demanda do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, na semana anterior, por uma redução nos preços dos combustíveis, refletia uma solicitação direta do Palácio do Planalto. Silveira argumentou que, segundo os cálculos do governo, seria possível reduzir o diesel entre R$ 0,32 e R$ 0,42 por litro, e a gasolina entre R$ 0,10 e R$ 0,12.
Prates, em resposta pelas redes sociais, indicou que, se o Ministério de Minas e Energia quiser "orientar a Petrobras a baixar os preços de combustíveis diretamente", será necessário seguir tanto a Lei das Estatais quanto às regras do Estatuto Social da companhia.
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