Lula deixa o Japão com acordos e avanço na abertura do mercado para carne brasileira

Presidente destaca a queda no fluxo comercial entre os países e assegura avanço na abertura do mercado japonês para a carne brasileira

Janja e Lula são recebidos no japão pelo imperador Naruhito e pela imperatriz Masako  | Foto: Ricardo Stuckert Janja e Lula são recebidos no japão pelo imperador Naruhito e pela imperatriz Masako | Foto: Ricardo Stuckert
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) concluiu, nesta quarta-feira (26/3), sua visita ao Japão, onde buscou estreitar relações econômicas e comerciais com o país asiático. Durante a viagem, foram firmados 10 acordos e 80 instrumentos de cooperação entre as nações, abrangendo setores como agronegócio, energia, siderurgia e logística.

Lula ressaltou a necessidade de ampliar as trocas comerciais, mencionando a queda no volume de negócios entre Brasil e Japão. “Em 2011, nosso fluxo comercial era de US$ 17 bilhões e hoje está em US$ 11 bilhões. Precisamos entender onde esses US$ 6 bilhões foram parar”, afirmou o presidente, destacando o potencial de crescimento entre os países.

Um dos avanços mais significativos foi o compromisso japonês de enviar uma missão sanitária para avaliar a abertura do mercado para a carne brasileira. A decisão é considerada um passo estratégico para o setor agropecuário do Brasil.

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, reforçou a importância da parceria e a convergência entre Brasil e Japão em temas globais, como a reforma do Conselho de Segurança da ONU. “Brasil e Japão são defensores tradicionais dessa reforma, que se torna cada vez mais urgente diante dos crescentes conflitos internacionais”, afirmou Vieira.

Outro tema abordado foi a transição energética. Lula convidou os empresários japoneses a investirem na mudança para combustíveis limpos, afirmando que o Brasil está dando os primeiros passos para reduzir a dependência de combustíveis fósseis. “Essa transformação levará anos, mas é essencial começarmos agora”, declarou o presidente.

Apesar da defesa da energia renovável, Lula e parte de sua comitiva, incluindo o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, têm apoiado a expansão da exploração de petróleo na foz do Amazonas, gerando divergências dentro do próprio governo.

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