Nesta segunda-feira (5), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, em uma reunião no Palácio do Planalto, juntamente com a ministra da Saúde do Brasil, Nísia Trindade. A visita de Adhanom ao Brasil precede o lançamento do "Plano de Eliminação de Doenças Determinadas Socialmente" pelo Ministério da Saúde, programado para quarta-feira (7).
O plano visa erradicar doenças que impactam de maneira mais intensa populações em situação de vulnerabilidade social, como tuberculose, malária, HIV e hanseníase. Durante o encontro, fontes do Ministério da Saúde indicam que Adhanom discutirá com Lula sobre o complexo industrial da saúde. O Ministério lançou estratégias em setembro do ano passado para impulsionar o desenvolvimento da indústria de saúde no país, buscando mitigar preocupações crescentes durante a pandemia, como o enfraquecimento da indústria nacional e a alta dependência de insumos básicos importados, especialmente da China e da Índia.
A visita do diretor-geral da OMS ocorre em um momento em que o Brasil enfrenta um aumento nos casos de dengue. No último sábado (3), o Ministério da Saúde iniciou as atividades do Centro de Operações de Emergência (COE) contra a dengue e outras arboviroses. O COE tem como missão coordenar as ações de combate à doença e monitorar a evolução da epidemia.
Este ano, o Brasil já registrou 345.235 casos prováveis de dengue, com 36 mortes confirmadas e outras 234 em investigação, de acordo com dados desta segunda-feira. Considerada a arbovirose urbana mais prevalente nas Américas, principalmente no Brasil, a dengue é transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti.