Nesta quarta-feira (20), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), tem um encontro agendado com o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, em Nova York, nos Estados Unidos, durante a tarde. Essa reunião bilateral foi confirmada pelo Palácio do Planalto e marca o primeiro encontro entre Lula e Zelensky para discutir a guerra em curso na Ucrânia. Anteriormente, os dois líderes tiveram uma conversa por telefone no primeiro semestre, na qual expressaram a intenção de se reunir pessoalmente.
Ao ser questionado sobre a expectativa pelo encontro com o ucraniano, Lula afirmou que a conversa será entre "dois presidentes de países, cada um com seus problemas, cada um com suas visões". "Vou conversar sobre os problemas que ele [Zelensky] quer conversar comigo", afirmou. O encontro entre Lula e Zelensky será fechado, e a imprensa não poderá acompanhar a conversa.
O foco principal desse encontro com Zelensky é explorar a possibilidade de o Brasil desempenhar um papel na facilitação de um acordo de paz entre a Rússia e a Ucrânia. Lula manifestou interesse em liderar um grupo de países para contribuir nesse processo de negociação. No entanto, Zelensky estabeleceu certas condições da parte da Ucrânia para participar de qualquer negociação e espera que o governo brasileiro adote uma posição mais robusta em relação ao Kremlin.
O histórico do relacionamento entre Lula e Zelensky teve seus desafios, com declarações controversas do presidente ucraniano sobre tanto o chefe do Executivo brasileiro quanto o presidente russo, Vladimir Putin. Vale ressaltar que o Brasil é um dos países, junto com a Índia e a China, que declararam publicamente sua neutralidade no conflito entre Ucrânia e Rússia.