Lula faz reunião de emergência sobre Venezuela, e governo admite ‘tensão’

O objetivo inicial do Brasil era liderar um diálogo entre o regime de Nicolás Maduro e a oposição venezuelana

Presidente Lula (PT) | Reprodução
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Neste domingo (8), o presidente Lula (PT) convocou uma reunião de emergência no Palácio do Planalto para abordar a crescente crise na Venezuela, marcada pelo cerco à embaixada brasileira e pela fuga de Edmundo Gonzalez. O governo brasileiro avaliou que, apesar dos esforços para mediar a crise e buscar uma solução política, a tensão entre Brasil e Venezuela aumentou significativamente.

O objetivo inicial do Brasil era liderar um diálogo entre o regime de Nicolás Maduro e a oposição venezuelana. No entanto, o rompimento unilateral de Caracas com o acordo que permitia a preservação da embaixada argentina foi visto como um claro sinal de deterioração nas relações entre os dois países. O governo brasileiro reagiu assumindo temporariamente a embaixada argentina, que abriga seis opositores venezuelanos, temendo ações violentas.

exílio de Edmundo Gonzalez da venezuela

O cerco à embaixada desde a última sexta-feira e a suspensão do acordo foram considerados pelo governo Lula como um "choque". A narrativa apresentada por Maduro, que envolveu o exílio de seu principal rival Edmundo Gonzalez e sua chegada em Madri, foi rejeitada pelo Brasil, que acreditava que uma solução negociada seria mais adequada para uma transição política.

Para agravar a situação, alguns dos principais responsáveis pela política externa brasileira estão fora do país. Celso Amorim, assessor especial, está em Moscou, e o chanceler Mauro Vieira encontra-se em Omã e Arábia Saudita, embora mantenham contato contínuo com a capital.

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