O almoço de Natal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nesta segunda-feira (25), foi com repatriados da Faixa de Gaza, que chegaram ao país no sábado (23). Este é o terceiro grupo de repatriados de Gaza, composto por 30 pessoas: 16 brasileiros e 14 familiares.
O encontro ocorreu no Hotel de Trânsito da Base Aérea de Brasília. Na ocasião, Lula defendeu a criação de um Estado palestino e disse que vai continuar atuando junto à Organização das Nações Unidas (ONU) para garantir "que os povos possam viver em paz". Ele também disse que o Brasil continuará as negociações com Israel para conseguir resgatar brasileiros que ainda não voltaram ao país.
"[Quero dizer] que a nossa diplomacia vai continuar conversando com a diplomacia de Israel para liberar as pessoas que ainda estão na Faixa de Gaza, os companheiros de vocês que querem vir para o Brasil. Enquanto tiver alguém na Faixa de Gaza querendo voltar para o Brasil, nós estaremos à disposição para buscar", afirmou.
Lula lamentou mortes de mulheres e crianças na guerra no Oriente Médio, e disse que "não é humanamente possível aceitar o que está acontecendo na Faixa de Gaza", assim como "a destruição de todo o patrimônio que foi construído pelo povo palestino".
O presidente brasileiro defendeu a liberação de reféns mantidos no conflito e disse que os repatriados serão acompanhados pelo governo "até que tudo esteja arrumado".
A primeira-dama, Janja da Silva, e o ministro da Comunicação Social, Paulo Pimenta também estavam presentes.Apenas Paulo Pimenta falou à imprensa e destacou que o almoço foi para "dar um abraço" nos repatriados.
A partir desta terça-feira (26), Lula vai tirar "alguns dias de folga" e volta a despachar no fim da primeira semana de janeiro, de acordo com o Ministro da Comunicação Social.
A reunião ocorre em meio ao conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas. Desde o início do conflito entre Israel e o Hamas, em 7 de outubro, 1.555 pessoas e 53 animais domésticos foram resgatados pelo Brasil.