MATHEUS TEIXEIRA E RENATO MACHADO - BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta terça-feira (28) que vai apresentar em 8 de março, no Dia Internacional da Mulher, uma lei que garanta remuneração igual para homens e mulheres que exerçam a mesma função.
O chefe do Executivo deve enviar um projeto para o Congresso Nacional. O Legislativo tem que aprovar o texto para que ele volte ao mandatário para ser sancionado e, então, tornar-se uma lei em vigência no país.
O petista citou no discurso a ministra do Planejamento, Simone Tebet, que defendeu a proposta no primeiro turno das eleições do ano passado. Ela apoiou Lula no segundo turno e, em troca, o petista passou a defender o projeto.
"Finalmente, Simone, agora, no Dia das Mulheres, a gente vai apresentar definitivamente a tal da lei que vai garantir que a mulher definitivamente receba salário igual do homem se ela exercer a mesma função do homem", disse.
Ele disse que caberá à Justiça do Trabalho e ao Ministério Público do Trabalho fiscalizar se a legislação será cumprida.
"Toda hora que você vai procurar essa lei, parece que ela existe, mas têm tantas nuances, têm tantas vírgulas antes do 'D', depois do D, que tudo é feito para mulher não ter o direito. Então, é preciso fazer uma lei que diga: 'a mulher deve ganhar o mesmo salário do homem'", discursou o presidente.
As falas do presidente aconteceram durante cerimônia no Palácio do Planalto de reinstalação do Consea (Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional).
O conselho, que assessora a presidência nos assuntos ligados à segurança alimentar, havia sido extinto por Jair Bolsonaro (PL), em um dos primeiros atos do seu mandato. Lula restabeleceu o órgão com os membros integrantes que o compunham na ocasião de sua dissolução.
Em seu discurso, Lula também anunciou que o governo deve lançar na próxima quinta-feira (2) o novo Bolsa Família. "Junto com o lançamento do novo programa, vem muita novidade", disse.
Além disso, afirmou que o programa para retirar o nome de cidadãos que estejam em listas de restrição de crédito está pronto pode ser lançado nos próximos dias.
"Temos que dar um jeito de resolver isso, por isso que o Fernando Haddad [ministro da Fazenda] está discutindo para encontrar uma proposta que essas pessoas se livrem dessas dívidas e possam ser cidadãos com direito a comprar, fazer crédito mais uma vez", afirmou.