O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está determinado a trocar o comando da Caixa Econômica Federal, mas não pretende entregar o controle do banco público ao Centrão, como desejam algumas lideranças do grupo.
De acordo com ministros próximos ao presidente, Lula deseja manter a presidência da Caixa com alguém em quem confia, assim como fez com o Ministério do Desenvolvimento Social, responsável pelo programa Bolsa Família.
Nesse contexto, uma das possibilidades, que está sendo considerada pelo presidente, é nomear a ex-ministra Miriam Belchior para o cargo de presidente da entidade pública. Atualmente, Miriam ocupa o cargo de secretária-executiva da Casa Civil.
Miriam já desempenhou diversos cargos relevantes nos governos do PT, incluindo a presidência da própria Caixa e o Ministério do Planejamento durante o governo de Dilma Rousseff (PT).
A decisão de Lula em substituir o chefe da Caixa veio após receber várias reclamações sobre o desempenho da atual presidente, Rita Serrano. A principal crítica envolve a falta de habilidade política da executiva.
Nos últimos dias, Rita tem buscado se movimentar para tentar manter o cargo. Na semana passada, ela entregou pessoalmente a Lula um relatório dos seis meses de sua gestão no banco.
Enquanto ocorre esse processo de substituição, o Partido Progressista (PP), do presidente da Câmara, deputado Arthur Lira, manifestou ao Planalto o desejo de indicar o novo presidente da Caixa. O nome proposto pelo partido é o do ex-ministro Gilberto Occhi.
É importante ressaltar que a resistência do mandatário em relação à presidência principal da Caixa não se aplica às vice-presidências do banco. Segundo os ministros, as vice-presidências poderão ser negociadas com o Centrão.
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