O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, disse nesta quarta-feira (9) que as declarações de que só sairia do cargo "abatido à bala" não são um desafio à presidente Dilma Rousseff.
Perguntado se as declarações eram um desafio a Dilma, ele afirmou: "Estou desafiando a onda de denuncismo que o Brasil virou. Eu estou desafiando a gente macular a honra das pessoas sem direito de defesa. Eu estou desafiando aqueles que mentem. Eu estou desafiando aqueles que usam da mentira um instrumento para acabar com a reputação das pessoas", disse Lupi em reunião no Plano Brasil Sem Miséria, em hotel de Brasília.
Lupi disse que a crise na pasta já está superada. Segundo ele, tudo já está "documentado, explicado e entregue à mídia". "Quem não deve, não teme", completou.
Ao ser questionado se o ministro seria a "bola da vez" ? em referência a atual crise, Lupi brincou: "Só se for a bola sete, que é a bola que dá a vitória".
Lupi afirmou ainda não ter indícios de que a equipe da cúpula do ministério tenha envolvimento em irregularidades. Segundo ele, o afastamento do coordenador de qualificação da pasta, Anderson Alexandre dos Santos, ocorreu porque ele, Lupi, "gosta de transparência".
"Eu não posso impedir que tem alguém no vigésimo escalão na ponta que tenha feito alguma coisa errada, se tiver feito, cadeia para o corrupto e para o corruptor", disse.