O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, será empossado para um terceiro mandato nesta sexta-feira (10), em uma cerimônia com presença reduzida de chefes de Estado. O isolamento internacional de Maduro se acentuou após as polêmicas eleições presidenciais de julho de 2024.
Controladas pelo chavismo, as autoridades eleitorais declararam a vitória de Maduro sem divulgar as atas eleitorais. Por outro lado, a oposição apresentou documentos extraídos das urnas que indicam uma vitória expressiva do candidato opositor, Edmundo González. Esses registros foram analisados e confirmados por instituições internacionais.
SOLENIDADE ESVAZIADA
Para a posse de Maduro, são esperadas as presenças dos presidentes de Cuba, Miguel Díaz-Canel, e da Nicarágua, Daniel Ortega. O Brasil, inicialmente representado pela embaixadora Glivânia Maria de Oliveira, reavalia sua participação após o ataque a María Corina Machado. Colômbia e México enviarão seus embaixadores residentes, enquanto Argentina, Chile, Paraguai e Peru não terão delegações.
Rússia, China e Belarus enviarão representantes à posse de Maduro, mas sem a presença de seus presidentes. Pela Rússia, irá Vyacheslav Volodin, presidente do Parlamento. Já União Europeia, Canadá e EUA não participarão e reconhecem Edmundo González como presidente eleito.
Para minimizar o esvaziamento, a imprensa estatal venezuelana destacou a presença de representantes de juventudes do Chile, Colômbia, Argentina, Brasil e Caribe. A VTV também apresentou membros brasileiros do Foro de São Paulo e de um partido mexicano como se fossem delegações oficiais.
Veja a seguir outros nomes confirmados para a posse de Maduro:
- Congo: José Kalala Wa Kalala, primeiro vice-presidente do Senado.
- Argélia: Ibrahim Boughali, presidente da Assembleia Nacional.
- Antígua e Barbuda: Gaston Browne, primeiro-ministro.
- República Árabe Saaraui Democrática: Bucharaya Hamudi Beyun, primeiro-ministro.
- Opep: Haitham al Ghais, secretário-geral da Organização dos Países Exportadores de Petróleo.