Na visão de Maia, ainda que os vídeos fossem inéditos, o conteúdo das delações já era conhecido. Na semana passada, a divulgação dos vídeos da delação de Lúcio Funaro gerou um mal-estar entre o advogado de Temer, o criminalista Eduardo Carnelós, e o presidente da Câmara.
No último sábado (14), o defensor do presidente da República, citado nas delações de Funaro, classificou a divulgação dos vídeos de "criminoso vazamento". O advogado disse ainda que a liberação dos vídeos constituía "mais um abjeto golpe ao estado democrático de direito".
O material, entretanto, foi enviado pelo STF no dia 22 de setembro, em ofício endereçado ao presidente da Câmara dos Deputados. Os vídeos ficaram disponíveis no site da Câmara desde o dia 29, mas só começaram a ser divulgados na última sexta-feira (13).
Em nova nota divulgada no domingo, após o Jornal Nacional revelar que os vídeos estavam disponíveis há duas semanas no site da Câmara, Carnelós afirmou desconhecer que os vídeos estivessem disponíveis no portal da casa legislativa desde setembro e disse que "jamais" quis imputar crime a Rodrigo Maia.