Por Francy Teixeira
Levantamento feito pelo Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do Piauí (Conasems-PI) estima que 101 cidades no Estado não possuem doses da Coronavac para a segunda aplicação.
A vacina produzida pelo Instituto Butantan, em São Paulo, teve a entrega de doses prejudicada devido ao atraso na importação do IFA (ingrediente farmacêutico ativo).
"Esse número pode diminuir ou até aumentar, porque ainda estamos recebendo informações dos municípios. Nos próximos dias, pode variar muito. Mas nestas cidades, a aplicação de segunda dose com a CovonaVac está suspensa, porque não há estoque", sinalizou Leopoldina Cipriano, vice-presidente do Conasems-PI.
Segunda dose deve ser tomada mesmo após o prazo
O Ministério da Saúde (MS) orienta que a segunda dose da vacina contra a Covid-19 deve ser aplicada mesmo que fora do prazo estipulado pelo laboratório. As recomendações estão na nota técnica nº 457, e reforçam a importância de se complementar o esquema vacinal para assegurar a proteção adequada contra a doença
Atualmente, duas vacinas estão disponíveis para a imunização da população: a Coronavac, do Instituto Butantan, deve ter a aplicação da 2ª dose no intervalo de quatro semanas; e a Astrazeneca/Oxford, produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), tem um intervalo de 12 semanas para a aplicação da 2ª dose.
O MS realiza o envio de doses das vacinas em duas etapas: primeiro com a entrega da dose 1 e, após o período estipulado por cada fabricante, a distribuição da dose 2. A quantidade de doses a serem enviadas, tanto para a primeira quanto para a segunda aplicação, é cuidadosamente detalhada através dos informes técnicos, divulgados semanalmente aos estados e municípios.
Atualmente, três grupos prioritários estão pendentes da segunda aplicação da 2ª dose da vacina Coronavac: 3% dos trabalhadores da saúde, 6,2% das forças de segurança, salvamento e Forças Armadas e 1,9% dos idosos entre 60 e 64 anos, totalizando 416.507 de pessoas. A previsão de envio da segunda dose para esses grupos é para a primeira semana de maio, cumprindo o ciclo vacinal no tempo adequado.
A pasta da Saúde presta apoio aos estados para garantir a compensação e o fechamento do esquema vacinal dos grupos prioritários iniciados. A recomendação é de que estados e municípios sigam as orientações do Governo Federal quanto ao avanço da imunização dos grupos prioritários sequencialmente definidos no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 (PNO).
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