Mais de 33 milhões de brasileiros passam fome, diz Merlong na Câmara

A pesquisa mostrou que mais de 125 milhões de pessoas vivem com algum grau de insegurança alimentar.

Merlong Solano | Divulgação Câmara
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Levantamento divulgado pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan) aponta que cerca de 33,1 milhões de brasileiros não têm o que comer diariamente.

A pesquisa mostrou que mais de 125 milhões de pessoas vivem com algum grau de insegurança alimentar, o que corresponde a mais da metade da população do país. Em discurso na Câmara Federal, o deputado Merlong Solano (PT) denunciou a situação enfrentada pelos brasileiros e destacou que a volta ao mapa da fome no Brasil está diretamente relacionada à atuação governamental.

Merlong Solano diz que mais brasileiros sofrem com a fome (Câmara dos Deputados)

Brasil alcançou patamar assombroso

O parlamentar salientou que o Brasil alcançou um patamar assombroso quando se trata da fome e pontuou que dentre as causas do alto número de brasileiros nessa situação estão o arrocho do salário mínimo, a inflação e o desemprego. 

“A fome atingia 19 milhões de pessoas em 2020. Este ano são 33 milhões de brasileiros. E as medidas tomadas pelo governo federal para contenção da fome hoje são insuficientes e insuficientes diante de um cenário de alta da inflação (sobretudo dos alimentos), do arrocho no salário mínimo, do desemprego e da queda de renda da população. São famílias que sequer têm condições de comprar comida, avalie comprar o gás de cozinha”, disse o petista.

Merlong citou ainda a falta de incentivos à agricultura familiar e ao desmonte praticado na Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). “Aprovamos a Lei Assis Carvalho, de apoio à agricultura familiar e até hoje ela não foi posta em prática. A Conab está sendo destruída, não tem mais estoques reguladores dos principais alimentos que o brasileiro consome. Portanto estamos sujeitos à livre flutuação do mercado, inclusive as operações de especulação e de elevação abusiva dos preços”, frisou o deputado.

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