
Após o ato em apoio à anistia de Jair Bolsonaro ter reunido menos pessoas do que o esperado em Copacabana, no Rio de Janeiro, o pastor Silas Malafaia afirmou que tentou persuadir o ex-presidente a escolher outro local e horário para a manifestação. Segundo ele, eventos matinais não são ideais na cidade.
No ano passado, em 21 de abril, tivemos uma plateia semelhante a isso. Eu disse para o Bolsonaro que domingo de manhã, no Rio de Janeiro, não é o melhor lugar para se fazer manifestação. Eu avisei ao Bolsonaro: ‘carioca, no domingo, acorda mais tarde, se der praia, piora, tem jogo de Fla-Flu’. Mas ele: ‘não, vamos fazer, vamos fazer. Depois fazemos um em São Paulo'.
Diferença nos números
A expectativa dos organizadores era reunir cerca de 1 milhão de apoiadores, mas apenas 18,3 mil pessoas participaram, conforme estimativa do Monitor do Debate Político no Meio Digital, da Universidade de São Paulo (USP). O número é bem inferior ao registrado na manifestação de 21 de abril de 2024, que, segundo o Poder360, contou com aproximadamente 40 mil a 45 mil participantes.
Contestações sobre a contagem de público
Malafaia, que esteve à frente da organização do evento, discordou das estimativas e criticou os números divulgados. "18 mil é uma afronta à inteligência de qualquer um”, afirmou. Ele também relativizou a adesão, citando fatores que poderiam ter influenciado. “Eu tenho muita dificuldade com a questão de números. Eu sei do seguinte, num domingo de mais de 30 graus, com a final de Fla-Flu, de tarde, no Maracanã, nós tínhamos lá uma multidão. Não tinham dois quarteirões, não, tinham mais do que dois quarteirões”, defendeu.
Contexto da manifestação
O ato realizado no domingo foi organizado por setores da extrema-direita e teve como principal pauta a anistia dos envolvidos nos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023, em Brasília.