A votação dos últimos destaques da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 300, que propõe um piso de R$ 3.500 para militares em início de carreira e R$ 7 mil para tenentes, foi adiada e não tem previsão de conclusão. Para a finalização da votação em primeiro turno era necessário que quatro destaques da matéria fossem apreciados na quarta-feira, 03, na Câmara dos Deputados. O deputado federal Elizeu Aguiar (PTB), chama a atenção para o acompanhamento da tramitação do processo pela categoria.
?Defendo que os policiais acompanhem de perto essa votação para que eles não sejam enganados?, argumenta Elizeu.
De acordo com o vereador R. Silva (PP), o Plenário foi esvaziado por governistas na hora da apreciação das emendas. ?Foi colocada em pauta diversos destaques sobre o pré-sal e a PEC 300 ficou por último, em uma sessão extraordinária. De 460 deputados, passou para 186 e não foi possível votar?, explica.
O maior impasse entre os parlamentares oposicionistas e o governistas está concentrado no custeio dos novos salários. A Proposta inclui a criação de um Fundo com recursos da União para ajudar os Estados que ainda não possuem condições de arcar com o reforço nas despesas. No Piauí o salário inicial de um soldado gira em torno de R$ 1.200. O valor gera insatisfação na categoria que, muitas vezes, precisa complementar a renda com serviços complementares, os ?bicos?.
O vereador acredita que nos próximos 15 dias a PEC 300 poderá ter sua apreciação concluída, seguindo para o Senado e a sanção do Presidente Lula. Até lá, R. Silva garante que será mobilizada uma nova comissão com um número significativo de piauienses com o objetivo de pressionar a aprovação da emenda. (S.B.)