Em Teresina, o senador Marcelo Castro (MDB) afirmou que o problema do preço elevado da gasolina é a política equivocada adotada pela Petrobras desde 2017, quando atrelou o preço do petróleo da Petrobras ao dólar e ressaltou que em 50 anos nunca houve isso.
Segundo o senador, não há uma lógica. "A Petrobras é uma empresa brasileira, compra e paga real, os funcionários recebem em real, comercializa gasolina, óleo diesel e querosene em real. O que tem a ver o petróleo da Petrobras com o petróleo da Arábia Saudita, dos Estados Unidos, da Rússia ou de qualquer outro lugar? Nada", disse.
O senador criticou a esperteza do comando da empresa, que detém o monopólio de combustível no Brasil e pode colocar o preço que desejar que os consumidores são obrigados a pagar.
"Imagina o Brasil, um País em crise, com recessão, desemprego, ainda com pandemia, empresas quebrando, pessoas passando fome e quando vimos nos jornais, o lucro da Petrobras de R$ 106 bilhões, talvez seja a única empresa que tenha lucro exorbitante no País", desabafa.
Para o senador, a Petrobras deve ter lucro, sim, mas um lucro razoável. "Não é um país se acabando em crise e a Petrobras nadando de braçadas e ganhando tufos de dinheiro", disse, ressaltando que o erro da empresa pública é atrelar o preço do petróleo do Brasil ao preço internacional.
"O que estamos fazendo? Um concerto, um remendo de algo que está errado para melhorar um pouco, mas entre melhorar um pouco e melhorar substancialmente, temos que corrigir essa determinação da Petrobras", disse, enfatizando a empresa tem que trabalhar para ter lucro razoável e não exorbitante.