Marcos do Val passa mal e é atendido no posto médico do Senado

Senador foi atendido no posto médico do senado após ter um pico de pressão, depois de uma sessão da CPMI do 08 de janeiro

Senador Marcos do Val passa mal após sessão da CPMI | Reprodução internet
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Nesta terça-feira, 20, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), que investiga os atos golpistas do 08 de janeiro ouviu o primeiro convocado pelos parlamentares, o ex-superintendente da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques. O clima tenso durante todo o dia no Congresso Nacional atingiu o senador, membro titular da CPMI, Marcos do Val (Podemos-ES) que no início da noite passou mal e precisou ser atendido pelo serviço médico do Senado.  

Parlamentares informaram que Do Val teria tido uma taquicardia, o que não foi confirmado pela assessoria do senador. O próprio Marcos do Val afirmou, ao sair do posto médico do Senado, que teve um pico de pressão, mas que já estava bem. O episódio acontece 5 dias depois de o parlamentar ter sido alvo de uma operação da Polícia Federal, que fez busca e apreensão no gabinete do Senador e em endereços dele em Brasília e em Vitória, na última quinta-feira, dia 15.

A reunião de hoje na CPMI foi a primeira após a operação da qual Marcos do Val foi alvo. E durante a sessão da CPMI a participação do senador como membro da comissão foi questionada por parlamentares do governo. O deputado federal Rogério Correia (PT-MG), afirmou que “investigado não investiga” e que o senador deveria ser substituído da comissão por “estar sendo investigado justamente pelos mesmos fatos que serão objeto da investigação da comissão”.

Pedido de afastamento da CPMI

Rogério Correia afirmou que além de Marcos do Val, também já pediu a substituição do deputado federal André Fernandes (PL-CE) da CPMI, pois o deputado cearense também é investigado por suposto envolvimento nos atos do 08 de janeiro. “Fizemos uma solicitação para que seja retirado da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito e substituído, pelo seu partido ou bloco, o senador Marcos do Val. E eu vou rapidamente explicar o porquê fizemos isso. Eu já fiz, também em nome dos 16 parlamentares que aqui citei, o mesmo, em relação ao deputado André Fernandes”.

O deputado governista informou que tanto no caso de Marcos do Val, quanto no de André Fernandes, a presença dos parlamentares na CPMI configuraria conflito de interesse direto, o que inviabilizaria a devida apuração dos fatos, que é objeto de investigação por parte da CPMI, que são os atos que resultaram a invasão aos prédios dos três poderes da República no dia 08 de janeiro de 2023.

“A presença deles pode vir impedir inclusive, o compartilhamento de informações relevantes para a comissão, pelo STF. Faço aqui um parêntese da leitura, apenas para dizer que me parece óbvio, é difícil que o STF remeta para cá assuntos sigilosos que digam respeito ao que está sendo investigado pelo senador Marcos do Val porque ele é investigado e nós vimos ações da Polícia Federal, que solicitou, no caso da Polícia Federal, inclusive a prisão do senador Marcos do Val, que não foi aceita pelo ministro Alexandre de Moraes”, disse.

Rogério Correia ressalta que Marcos do Val está sendo investigado “justamente pelos mesmos fatos que serão objeto da investigação da comissão”. E lembra que além disso, o senador também é acusado de estar agindo na tentativa de obstruir a justiça e que sua presença na comissão não seria adequada. Em suas redes socias o parlamentar conclui afirmando que “investigado não investiga”.

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