Marcos do Val retoma mandato e pede ao Senado: não fique de joelhos

Ao falar para o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), Do Val pediu que o Senado “não fique de joelhos”.

Marcos do Val retomou ao Senado nesta semana | Roque de Sá/Agência Senado
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Após retomar de um período de licença do Senado, Marcos do Val (Podemos-ES) discursou no plenário da Casa Legislativa, nesta quinta-feira (3), e criticou a operação da Polícia Federal da qual foi alvo no mês passado e pediu solidariedade. Ao falar para o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), Do Val pediu que o Senado “não fique de joelhos”.

"(O presidente do Senado) Rodrigo Pacheco está ajudando bastante, quero agradecer a ele, ele tem sido um cara muito especial, mas eu precisaria que os senadores pudessem se colocar no meu lugar, porque, se a gente deixar isso acontecer, amanhã será com mais um, com mais outro, com mais outro, com mais outro, e aí o Senado fica de joelhos", disse.

O senador pediu licença de 115 dias do cargo depois de ser alvo de busca e apreensão da Polícia Federal, no inquérito determinado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, sobre os relatos de Do Val referentes à suposta articulação de um golpe, com a participação do ex-presidente Jair Bolsonaro e do ex-deputado Daniel Silveira. O parlamentar trocou de versão ao menos seis vezes sobre o episódio. Uma das suspeitas é que ele teria cometido obstrução de Justiça.

O senador disse que não se arrepende de nada do que fez. “Não foi por corrupção, não foi por lavagem de dinheiro, não foi por crime organizado, não foi por fake news. Foi por denunciar uma possível organização da queda da democracia. E eu fui defender a democracia. Alguns me perguntam: ‘você se arrependeu?. Não. Farei milhões de vezes, se for necessário, para defender a nossa democracia”, prosseguiu. 

Na última terça-feira (1º), Do Val havia comentado sobre sua saída da CPMI dos atos golpistas de 8 de janeiro. Em seu lugar, Do Val colocou o senador Marcos Rogério (PL-RO), que também é bolsonarista e foi candidato derrotado ao governo de Rondônia e voltou ao Senado Federal em junho, após seis meses de licença.

"A minha saúde, a minha família e a minha honra ainda estão padecendo disso, mas só me afastei depois de assegurar que o meu posto, na luta pela verdade e pela justiça, a respeito do dia 8 de janeiro, não seria deixado descoberto. Contei com a preciosa colaboração dos meus colegas senadores Marcos Rogério, Eduardo Girão, Esperidião Amin, dentre outros, que ecoaram a minha voz na CPMI – disse na terça-feira, quando o senador já havia voltado e feito outro discurso no plenário da Casa.

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