Durante a sabatina, a candidata do PV à presidência, Marina Silva, defendeu os programas de transferência de renda do governo federal, mas opinou: "o que não podemos é eternizar o Bolsa Família". Se for eleita, ela prometer acrescentar "programas sociais de terceira geração" para levar os beneficiários à independência financeira.
"Você consegue isso criando oportunidades de capacitação", afirmou. "A porta de saída já está sendo construída aos poucos pela sociedade, com a ideia de termos agentes de desenvolvimento social".
A candidata aposta na participação de funcionários de prefeituras e de empresas na consolidação desses novos programas, vinculados aos que foram formatados no governo Lula. "É fazer um plano de saída da crise daquela família, para que aos poucos ela possa, sem prejuízo da Bolsa Família, ser independente". Marina lembrou que, em sua infância, houve momentos em que a aposentadoria da avó era a principal renda familiar.
Noutro momento, a senadora ponderou que as igrejas evangélicas têm direito a participar ativamente das eleições. "Por que os cristãos não podem ter opinião?", questionou. "As pessoas exigem das igrejas que elas sejam folhas em branco, mas em outras exigem que se comportem de acordo...".
Ela critica o "voto de cabresto", mas aprova a participação dos evangélicos da Assembleia de Deus. "Não podem ser alheios aos problemas sociais do País". Referindo-se também à Igreja Católica, destacou os projetos sociais de grupos religiosos no combate às drogas, à violência e à desnutrição infantil. "Como você faz isso sem orientar?", indagou.