O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, completou um depoimento de nove horas de duração perante a Polícia Federal nesta segunda-feira, respondendo a todas as perguntas apresentadas.
EXPLICANDO: Cid, que possui um acordo de delação premiada firmado com a Polícia Federal no ano anterior, permaneceu comprometido em colaborar com as investigações. Durante o depoimento, ratificou o conteúdo de seus depoimentos anteriores, os quais implicam o ex-presidente em um plano de golpe planejado após a derrota nas eleições, com o objetivo de obstruir a posse do presidente Lula.
De acordo com fontes que acompanham a investigação, Cid apresentou novos esclarecimentos em relação às lacunas apontadas pela PF em seus depoimentos anteriores, dando mais detalhes sobre o envolvimento de militares nesses planos golpistas.
Com isso, seu acordo de colaboração permanece válido. Os benefícios só serão definidos ao final das investigações, depois que a PF avaliar qual foi a eficácia das informações prestadas por Cid para o avanço das investigações. O teor do interrogatório está sob sigilo. O tenente-coronel chegou à sede da PF em Brasília ontem por volta das 15h. O depoimento durou até pouco mais da meia-noite.