A Polícia Federal (PF) está prestes a concluir o inquérito das joias, recomendando o indiciamento de Jair Bolsonaro. O relatório final, a ser apresentado ao Supremo Tribunal Federal (STF) até o final de junho, já possui evidências suficientes de que o ex-presidente tinha conhecimento e aprovou a venda de parte dos itens no exterior, conforme antecipou a colunista Bela Megale. No entanto, a conclusão do caso traz uma boa notícia para Bolsonaro: a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro não será indiciada.
Sem provas contra Michelle
De acordo com fontes da PF, não foram encontrados elementos para responsabilizar Michelle Bolsonaro. Uma servidora do Gabinete Adjunto de Documentação Histórica da Presidência afirmou que Michelle recebeu pessoalmente um dos kits de joias enviados pelo governo da Arábia Saudita, mas os investigadores não encontraram provas de que ela sabia ou autorizou a operação ilegal.
dois kits de joias e relógios
Os itens em questão, trazidos ao Brasil no final de 2021 pelo então ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e auxiliares, incluíam dois kits de joias e relógios. Um dos kits foi retido pela Receita Federal no Aeroporto Internacional de Guarulhos, enquanto o outro passou despercebido e foi mantido em um cofre do Ministério de Minas e Energia até novembro de 2022. Este kit, contendo um relógio Chopard, uma caneta, abotoaduras e um masbaha, foi entregue à ex-primeira-dama.
terceiro kit de joias presenteado
Bolsonaro também recebeu um terceiro kit de joias em 2019 durante uma viagem à Arábia Saudita, que foi guardado em um galpão pertencente ao ex-piloto de Fórmula 1 Nelson Piquet em Brasília. Entre os itens estava um Rolex cravejado em diamantes, vendido nos EUA pelo ex-ajudante de ordens Mauro Cid e recomprado pelo advogado Frederick Wassef. A ex-primeira-dama, embora não indiciada neste caso, ainda é alvo de outra investigação sobre o uso irregular do cartão corporativo da Presidência, que pode trazer novos complicadores para sua situação.
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