O ex-secretário Municipal de Educação de Teresina, Kleber Montezuma, é alvo de investigação do Ministério Público do Piauí (MP-PI) por, supostamente, deixar 180 mil livros abandonados em um ginásio no Centro de Formação Professor Odilon Nunes. O material, em perfeito estado de conservação, teria ficado em desuso.
Os livros teriam sido adquiridos do instituto Alfa e Beto (IAB) pelo valor de R$ 6.349.295,00. O vice-prefeito de Teresina e atual secretário de finanças, Robert Rios, endossa a denúncia.
O termo de abertura do caso foi publicado na quarta-feira (26). Já nesta sexta-feira (28), o promotor de justiça Chico de Jesus despachou quais documentos serão necessários para o andamento do processo.
Procurado pela reportagem, Kleber Montezuma afirma que é vítima de intimidação por parte da atual gestão da Prefeitura Municipal de Teresina. Ele concorreu contra Doutor Pessoa nas eleições municipais de 2020, representando a gestão do PSDB, onde acabou derrotado nas urnas.
"O caso da matéria em tela teve origem e foi montado a partir de uma ação deliberada do gabinete do ódio liderado pelo prefeito Pessoa que age com vista a denegrir e amedrontar opositores da gestão municipal. Ademais, a movimentação do prefeito Pessoa, ao acionar o gabinete do ódio mafrense, visa, em última instância, desviar a atenção do Tribunal de Contas de Estado (TCE) e do Ministério Público do Piauí (MP) do nebuloso caso da compra, sem licitação, de 100 mil livros paradidático, de autor desconhecido, e do pagamento de R$ 6,5 milhões de reais a uma editora obscura sediada em Manaus (AM). Quanto ao MP, tão logo receba o documento, dentro do prazo legal, vamos dar as informações pertinentes", disse Montezuma.
As investigações do Ministério Público do Piauí (MP-PI) seguem para os devidos esclarecimentos à sociedade teresinense.