O Ministério Público pediu à Justiça o imediato afastamento do conselheiro Robson Marinho, do Tribunal de Contas do Estado (TCE). A Promotoria do Patrimônio Público e Social, que investiga improbidade, sustenta que o ex-chefe da Casa Civil do governo Mário Covas (PSDB) recebeu propinas da multinacional francesa Alstom.
Marinho é um dos sete conselheiros do TCE paulista. Ele ocupa a cadeira desde 1997.
A Suíça já bloqueou US$ 3,059 milhões em uma conta secreta do conselheiro em Genebra. Segundo a promotoria, ele recebeu US$ 2,7 milhões da Alstom, entre 1998 e 2005, por meio de empresas de fachada que atuaram como intermediárias na operação e fizeram depósitos parcelados em favor da Higgins Finance, offshore sediada nas Ilhas Virgens Britânicas e da qual Marinho e sua mulher detêm os direitos econômicos.
O rastreamento bancário mostra que o conselheiro gastou ou transferiu para outras instituições financeiras cerca de US$ 1 milhão daquele total.
Em 30 dias, no máximo, a Promotoria vai entrar com ação civil contra Marinho, acusando-o de improbidade administrativa. Ele não será o único. Também será acusada a Alstom. Os promotores vão pedir a dissolução da empresa, que não quis fechar acordo de colaboração com o Ministério Público.