As ministras dos Povos Indígenas, Sônia Guajajar, do Meio Ambiente, Marina Silva; e da Saúde, Nísia Trindade vão a Roraima nesta segunda-feira (1º) para avaliar a situação dos Yanomamis, depois que um ataque a tiros na Terra Indígena deixou um morto e dois feridos, no último sábado (29).
O presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Rodrigo Agostinho, também integra a comitiva. Uma entrevista com o grupo interministerial está marcada para esta tarde. Na ocasião, mais informações a respeito do atentado serão fornecidas à público.
Um indígena de 36 anos morreu enquanto era atendido em uma unidade de saúde. Outros dois indígenas, de 24 e 31 anos, foram atingidos com tiros no abdômen. Segundo o governo de Roraima, eles estão internados na capital, Boa Vista e seguem estáveis.
Investigação
O caso está sendo investigado pela Polícia Federal e pela Funai (Fundação Nacional do Índio). O Ministério da Justiça e Segurança Pública também se manifestou sobre o ocorrido, afirmando que está acompanhando o caso e trabalhando para garantir a segurança dos indígenas na região.
Maior território indígena do Brasil, a Terra Yanomami é alvo frequente de garimpeiros que exploram a floresta amazônica, causam conflitos armados e são os responsáveis pela grave crise humanitária que assola o território. Atualmente, o governo federal atua para levar saúde aos dezenas de indígenas doentes e também com ações de repressão que buscar tirar os garimpeiros da região.