Ministro da Justiça afirma que não fará pré-julgamentos

Segundo ele, críticas não reduzirão as operações da Polícia Federal

Ministro da justiça | G1
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O novo ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, afirmou nesta quarta-feira (10) que não vai fazer pré-julgamentos sobre o escândalo que atinge o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido), e aliados desde o fim de novembro do ano passado. Ele avisou que não se pronuncia sobre o caso, porque não teve acesso ao inquérito que investiga as denúncias.

“A Polícia Federal está investigando o assunto, o inquérito está aberto, vou agudar informações mais precisas desse inquérito nesse caso. Prefiro não fazer pré-julgamentos, não avaliar essa questão antes de conhecer o inquérito que está mão na PF”, disse Barreto. Ele tomou posse nesta quarta como novo ministro da Justiça, em substituição a Tarso Genro, que deixa o governo para se dedicar a sua candidatura ao cargo de governador do Rio Grande do Sul.

“Temos um Ministério Público [MP] atuante, nós temos instituções funcionando no Brasil. Acreditamos na credibilidade dessas instituições. A polícia faz o seu trabalho, o MP faz o seu trabalho, que permite que acreditemos que tudo será julgado de maneira justa. Acho que esse é o ponto, o resto são questões políticas”, destacou o ministro sobre o mensalão do DEM.

O escândalo de corrupção no DF veio à tona no dia 27 de novembro quando a Polícia Federal deflagrou a Operação Caixa de Pandora. O suposto esquema de distribuição de propina foi denunciado pelo ex-secretário de Relações Institucionais, Durval Barbosa. O inquérito que envolve o governador do DF e deputados distritais, além de empresários e membros do governo, tramita no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Polícia Federal

Perguntado sobre a atuação da Polícia Federal durante sua gestão a frente do Ministério da Justiça, Barreto disse que nenhuma crítica irá atingir ou afetar as operações da corporação. Segundo ele, se em algum momento a PF cometer abusos, as pessoas que cometerem o ato serão responsabilizadas.

“As críticas não vão impedir nem reduzir as ações da Polícia Federal. A PF é uma polícia que não protege nem persegue e ela vai continuar agindo. Se em algum momento a polícia cometer abuso, vamos responsabilizar quem cometeu, mas nenhuma crítica vai frear suas operações”, garantiu.

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