Ministro diz que 2ª proposta do governo aos professores é limite

Docentes das universidades federais estão parados há mais de dois meses

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, em entrevista sobre o Enem nesta segunda (30) | Ed Ferreira/Agência Estado
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O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse nesta segunda-feira (30) que o governo não vai fazer nova proposta aos professores das universidades federais em greve. "Essa é a proposta final. Vai ser um montante de R$ 4,3 bi. É o limite do que podemos chegar." Ele se referia à segunda proposta de aumento apresentada pelo governo no último dia 24, para acabar com a paralisação, que já dura mais de dois meses.

"Nós fizemos uma primeira proposta, não houve contra-proposta. Avaliamos que poderíamos melhorar um pouco. Melhoramos. Hoje temos proposta com piso de reajuste para os próximos 3 anos de 25%. Não conheço nenhuma outra categoria que tenha uma proposta como essa num quadro de crise internacional. Tenho muita confiança de que essa proposta está sendo bem analisada [...] Espero que a partir de agosto possamos restabelecer as aulas para que os alunos não sejam mais prejudicados".

Nas últimas semanas, o governo apresentou duas propostas aos grevistas. A primeira, que daria reajuste de até 45% aos professores em 3 anos e traria impacto de R$ 3,9 bi aos cofres públicos, foi rejeitada. Na época, Mercadante havia dito que não havia "margem" para um aumento maior, por causa da crise.

A segunda proposta mantém o reajuste máxino de 45% em 3 anos, mas aumenta o piso do reajuste para 25%. Essa ainda é analisada pelos sindicatos e vai trazer impacto de R$ 4,3 bilhões, de acordo com o ministro. Mercadante voltou a afirmar que o momento de crise financeira não permite reajuste maior. O ministro se disse ainda confiante de que os grevistas possam aceitar a proposta.

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