O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, manifestou sua preocupação com a escalada do conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas no Oriente Médio. Em uma entrevista exclusiva ao jornal Correio Braziliense, o chanceler brasileiro enfatizou a importância de esforços diplomáticos para conter a disseminação do conflito na região.
"O risco de escalada e expansão do conflito é real, é motivo de preocupação e tem merecido toda a nossa atenção", afirmou o embaixador. Vieira ressaltou que a instabilidade na região do Oriente Médio tem implicações globais, tanto em termos políticos quanto econômicos, e que o Brasil também poderia ser afetado por repercussões negativas.
O chanceler brasileiro mencionou que tem mantido conversas com diversos chanceleres e líderes de Estado em Nova York e no Cairo, todos compartilhando a mesma preocupação. Ele destacou a importância da diplomacia como meio de conter o risco de escalada do conflito e afirmou que o Brasil está atuando em coordenação com parceiros regionais e internacionais.
Em relação aos brasileiros retidos na Faixa de Gaza, Mauro Vieira relatou que o processo de repatriação está em andamento e que o ministro das Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen, prometeu autorizar a passagem dos brasileiros pela fronteira com o Egito até a próxima quarta-feira. O chanceler enfatizou o empenho do Brasil em garantir a segurança e o retorno dos cidadãos brasileiros retidos na região.
Vieira também avaliou o discurso que fez no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), no qual destacou as falhas da instituição em lidar prontamente com o conflito. Embora a proposta de resolução do Brasil para um cessar-fogo tenha sido vetada pelos Estados Unidos no Conselho, o chanceler brasileiro recebeu elogios pela atuação do país na presidência rotativa do colegiado durante o mês de outubro.
O ministro Mauro Vieira rejeitou críticas à diplomacia brasileira, afirmando que o Brasil é respeitado no mundo e possui uma diplomacia à altura de sua importância global.
O chanceler enfatizou que o Brasil continuará acompanhando de perto a situação no Oriente Médio e mantendo esforços diplomáticos para evitar uma escalada ainda maior do conflito na região.