Ministro Silvio Almeida é demitido após denúncias de assédio sexual

A decisão foi tomada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que considerou insustentável a permanência de Almeida no cargo.

Ministro Silvio Almeida é demitido | Tânia Rego/Agência Brasil
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O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, foi exonerado após denúncias de assédio sexual divulgadas pela ONG Me Too Brasil. A decisão foi tomada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que considerou insustentável a permanência de Almeida no cargo. As denúncias, reveladas pelo portal "Metrópoles", teriam ocorrido no ano passado, e uma das vítimas seria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco.

O que aconteceu

A Comissão de Ética da Presidência da República abriu um procedimento para investigar as acusações, concedendo a Almeida 10 dias para apresentar sua defesa. O caso também será investigado pela Polícia Federal, que pretende ouvir o ex-ministro como suposto autor e Anielle Franco como vítima. Além disso, Almeida foi convocado para prestar esclarecimentos ao controlador-geral da União, Vinícius Carvalho, e ao advogado-geral da União, Jorge Messias.

Ministro nega

Silvio Almeida negou as acusações, afirmando ser alvo de uma perseguição por ser um homem preto. Ele anunciou que tomaria medidas legais contra quem divulgou as denúncias e entrou com uma interpelação judicial contra a ONG Me Too Brasil, solicitando mais detalhes sobre os relatos e as ações tomadas pela organização. Almeida ressaltou sua inocência, destacando seu compromisso com a defesa dos direitos humanos.

Posição do Presidente Lula

Em sua primeira declaração sobre o caso, o presidente Lula afirmou que qualquer pessoa que pratique assédio não permanecerá no governo, mas destacou a importância de garantir a presunção de inocência e o direito de defesa a Silvio Almeida. Lula reiterou o compromisso do governo com a luta contra a violência contra as mulheres e declarou que não permitirá que questões pessoais prejudiquem a gestão.

Ministro

Silvio Almeida é um dos maiores especialistas em questões raciais no Brasil, sendo autor de obras importantes, como "Racismo Estrutural". Ele assumiu o Ministério dos Direitos Humanos em janeiro de 2023 e foi parte do grupo técnico de transição do governo Lula. Sua carreira inclui posições acadêmicas de destaque, como professor visitante em universidades norte-americanas e presidente do Instituto Luiz Gama.

FAse

A exoneração de Silvio Almeida é um dos momentos mais críticos para o Ministério dos Direitos Humanos no governo Lula. O desdobramento das investigações e o impacto das denúncias podem influenciar a condução de políticas públicas voltadas para direitos humanos e igualdade racial no país.

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