Moraes solta 3 coronéis da PM-DF, mas mantém prisão preventiva de 4 militares

A decisão de Moraes ocorre em um contexto em que a PGR aponta uma “profunda contaminação ideológica” entre os oficiais da PM-DF

Klepter Rosa Gonçalves, Alexandre de Moraes e Jorge Eduardo Naime Barreto | Montagem/Meio
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Nesta quinta-feira (28), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, concedeu liberdade provisória a três ex-integrantes da cúpula da Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF), acusados de omissão durante os ataques antidemocráticos de 8 de janeiro. Os beneficiados pela decisão são os coronéis Klepter Rosa Gonçalves, Fábio Augusto Vieira e Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues, todos com importantes funções dentro da corporação e acusados de não agir adequadamente na data dos ataques.

Klepter Gonçalves, que assumiu o comando da PM-DF interinamente após os eventos de 8 de janeiro por indicação do interventor na segurança pública do Distrito Federal, Ricardo Cappelli, foi um dos citados. Gonçalves esteve envolvido diretamente na gestão do efetivo policial no dia dos ataques, inclusive autorizando dias de folga a outros oficiais, como revelado pela Folha. Esse período de folga incluiu o coronel Jorge Eduardo Naime Barreto, então chefe do Departamento Operacional, no dia dos incidentes.

Como condição para sua liberdade provisória, os três coronéis devem cumprir medidas cautelares específicas, incluindo o uso de tornozeleiras eletrônicas, entrega de seus passaportes, proibição do uso de redes sociais e a restrição de comunicação entre si. Estas medidas visam evitar a influência desses indivíduos no andamento das investigações ou na repetição de atos similares aos de 8 de janeiro.

PRISÃO PREVENTIVA: Enquanto isso, Moraes decidiu manter a prisão preventiva de outros quatro oficiais da PM-DF, sendo eles os coronéis Jorge Eduardo Naime Barreto e Paulo José Ferreira de Sousa Bezerra; o major Flávio Silvestre de Alencar; e o tenente Rafael Pereira Martins. O ministro justifica a manutenção da prisão preventiva pelo risco de que, em liberdade, esses indivíduos possam interferir nas investigações, coagir testemunhas ou destruir provas, reafirmando a gravidade dos atos cometidos e a necessidade de uma resposta judiciária rigorosa.

A decisão de Moraes ocorre em um contexto em que a Procuradoria-Geral da República (PGR) aponta uma "profunda contaminação ideológica" entre os oficiais da PM-DF. A PGR argumenta que havia um claro conhecimento e uma adesão dos membros da corporação a teorias conspiratórias e golpistas, contribuindo para a omissão diante da invasão dos prédios públicos.

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