O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou para condenar a 17 anos de prisão o homem que, durante os atos extremistas de 8 de janeiro, derrubou o relógio histórico do Palácio do Planalto, presenteado ao Brasil por Dom João VI. O acusado está preso desde 24 de janeiro de 2023. O ministro determinou que a pena seja cumprida inicialmente em regime fechado.
Trazida por Dom João VI para o Brasil em 1808, a obra se tornou um dos símbolos dos atos golpistas na sede da Presidência. O relógio, feito de casco de tartaruga e um tipo de bronze que não é mais fabricado há décadas, foi enviado para restauração na Suíça no início de 2024.
Antônio é réu no STF por crimes como:
- associação criminosa armada;
- abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
- golpe de Estado;
- dano qualificado pela violência e grave ameaça, com emprego de substância inflamável contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo para a vítima.
No voto, Moraes afirmou que há um “robusto conjunto probatório” contra Ferreira. O investigado foi preso após fazer registros dentro do Palácio do Planalto. Além disso, ele esteve no acampamento em frente ao QG do Exército, frequentado por pessoas que defendiam a inconstitucional intervenção militar.
O julgamento de Ferreira está ocorrendo no plenário virtual do STF, onde os ministros inserem seus votos no sistema eletrônico da Corte. A defesa de Ferreira solicitou sua absolvição ao Supremo.