O ministro da Defesa, José Múcio, deve se reunir com o presidente Lula (PT) nos próximos dias para discutir sua permanência no governo. Interlocutores de ambos afirmam que, apesar da relação de amizade e lealdade, Múcio teria sinalizado que já cumpriu sua missão no cargo e avalia a possibilidade de deixá-lo, conhecido por sua rotina exaustiva. Essa decisão, se confirmada, poderia desencadear uma série de mudanças no alto escalão do governo.
substituição considerada desafiadora
A substituição de Múcio é considerada desafiadora, já que ele possui bom trânsito com os comandos das Forças Armadas, em um período de investigações da Polícia Federal sobre uma tentativa de golpe no Brasil. Nesse contexto, o nome do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB-SP) surge como principal alternativa para o cargo. Atualmente à frente do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Alckmin é visto como uma figura capaz de trazer serenidade e autoridade à pasta.
A possível ida de Alckmin para o Ministério da Defesa abriria espaço para o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), no governo Lula. Essa articulação poderia ser parte de uma reforma ministerial mais ampla, que também inclui mudanças na Secretaria de Comunicação (Secom), com a entrada do publicitário Sidônio Palmeira no lugar do deputado Paulo Pimenta (PT-RS). A área política também seria reforçada, com a possível transferência de Silvio Costa (Republicanos-PE) para a Secretaria de Relações Institucionais.
desejo de Paulo Pimenta
Entretanto, ajustes nessa reconfiguração ministerial enfrentam resistências. Paulo Pimenta teria expressado desejo de permanecer no governo, podendo assumir a Secretaria-Geral. Porém, o atual ocupante do cargo, Márcio Macedo, é uma figura de confiança de Lula, que tem demonstrado apreço por sua atuação. Macedo declarou que "deve incomodar muita gente" por não se encaixar em perfis tradicionais de lideranças nacionais, apontando a complexidade das negociações para efetivar as mudanças na equipe ministerial.
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