Em oito anos, 150 milhões de eleitores brasileiros estarão votando pelo sistema biométrico. A meta do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) terá um custo de R$ 450 milhões. A migração para o sistema de identificação de digitais, como informa a Agência Brasil , tem uma média de gasto de R$ 3 por pessoa.
Giuseppe Janino, secretário de tecnologia da Informação do TSE, revela que o investimento total não tem relação com a compra de novas urnas eletrônicas. Atualmente, existem 450 mil desses equipamentos em uso no país. Um terço deles já é dotado do sistema de identificação biométrico.
- O valor vem do processo de recadastramento dos eleitores, que precisam adicionar suas impressões digitais e fotos ao banco de dados já existente na Justiça Eleitoral.
Quase todos os Estados brasileiros já poderão contar com o sistema biométrico ainda nas eleições deste ano. As exceções são Mato Grosso, Roraima e Amazonas, e Distrito Federal. Isso porque, informa o secretário, os três Estados não cumpriram uma das exigências do tribunal. Para que o sistema fosse empregado neste ano, era preciso realizar um recadastramento das cidades pequenas cujo eleitorado precisasse passar por um processo de revisão.
- Pedimos que o recadastramento atingisse 100% do eleitores da cidade.
O caso do Distrito Federal é diferente: a dificuldade foi justamente a ausência desses municípios de pequeno porte, nos quais, de praxe, seria iniciado o processo de migração.
Alagoas e Rio Grande do Norte encabeçam o ranking de adesão ao novo sistema. Os estados trarão 11 municípios cada participando já em outubro. Tocantis ocupa o segundo lugar, com sete cidades. Minas Gerais e Pernambuco empatam, com quatro municípios participantes. O maior colégio eleitoral do Brasil, por sua vez, experimentará a experiência em Nuporanga, situada a 400 km da capital.