No dia 15 de maio, quando o Congresso deve parar para ouvir o depoimento do bicheiro Carlinhos Cachoeira, pode ser que as atenções se dividam com a loira de 27 anos que ganhou fama desde que ele foi preso, em fevereiro. Sua atual mulher, Andressa Mendonça, estará presente e, segundo disse ao GLOBO, o companheiro está ?superorientado? e não vai prejudicar ninguém. Afirma que ele aproveitará o momento para defender a legalização dos jogos no país.
Andressa não quis falar do escândalo envolvendo o marido e das relações dele com o senador Demóstenes Torres e outros políticos. Ela conta que já recusou convite para posar nua na ?Playboy? e que prepara o casamento para quando Cachoeira deixar a prisão.
O GLOBO: Como Carlinhos Cachoeira recebeu a notícia do depoimento no dia 15?
ANDRESSA MENDONÇA: O Cachoeira está em paz, muito bem, muito equilibrado. Ele está muito bem orientado por três advogados: a doutora Dora Cavalcanti, o doutor Márcio Thomaz Bastos e o doutor Augusto Botelho. Eu tenho certeza de que ele não quer prejudicar ninguém. Ele não é uma pessoa fria. Mas também não está nervoso. É uma pessoa bem preparada e bem orientada para enfrentar esse momento. Eu conversei hoje (ontem) com alguns deputados sobre como seria, e eles me garantiram que ele não irá algemado ou com roupa imprópria, da prisão. Eles me disseram que tem um regimento que garante que ele compareça sem algemas, com traje costume, terno e camisa social.
Você vai acompanhá-lo no depoimento à CPI?
ANDRESSA: É lógico! Estarei ao seu lado o tempo todo.
Com sua beleza, pode se transformar na musa da CPI...
ANDRESSA: Não gosto dessa história de musa. Sou uma pessoa focada, uma mãe de família que está lutando para ver o companheiro fora disso tudo o mais rápido possível. O Carlinhos gosta, mas acho que eu não sou fotogênica (risos).
Você vai posar para a ?Playboy? como musa da CPI?
ANDRESSA: Eu fui convidada. Mas não vou dar esse gostinho, não! (risos). Deixa só para o Cachoeira. Eu contei do convite e ele gostou, morreu de rir. É bem-humorado e espirituoso. Me ligaram convidando para ir conhecer a empresa, ver como é a produção da revista, foram super educados. Mas eu agradeci e disse que meu papel, nesse momento, não é esse.
Quinta-feira foi aniversário do Cachoeira. Vocês comemoraram os 49 anos dele na prisão?
ANDRESSA: Eu fiz uma petição à direção da penitenciária, mas eles não liberaram porque a visita é só às terças-feiras, durante uma hora. Eu fui lá na Papuda (presídio federal em Brasília) só levar um cartão, mas não pude vê-lo nem levar presentes. Deixei um cartão de felicitações onde escrevi coisas lindas de uma mulher apaixonada.
Na visita de uma hora vocês se veem só pelo vidro?
ANDRESSA: Por enquanto, só pelo vidro, mas estou muito otimista que logo, logo tudo se resolverá. Quando a gente conversa, ele diz que vai acabar tudo bem. Eu também digo que a gente tem de ficar confiante, que é apenas uma turbulência na vida. Quem não passa por isso? Quem está livre de ser preso? Eu digo: ?não é só você que está preso. Eu estou presa junto com você. Estou esperando-o muito ansiosa?. Quando sair, será muito bem recebido. O Cachoeira é uma pessoa encantadora.
Por isso encantou tanta gente, né?
ANDRESSA: Acredito que sim (risos).
Os planos de casamento no aniversário não se realizaram. Vocês podem se casar na cadeia?
ANDRESSA: Existe essa possibilidade de a gente se casar na cadeia. Já combinamos e demos entrada nos proclames. Mas não quero me casar com ele preso, não! A gente merece coisa muito melhor que isso. Vai ter um monte de surpresas boas quando ele sair da cadeia.
A empresa Delta perdeu os contratos e está à venda. Os negócios de Cachoeira também estão sendo afetados com o escândalo?
ANDRESSA: Não tenho conhecimento disso. Mas acredito que ele vai aproveitar esse momento para levantar uma grande bandeira pela legalização dos jogos no país. Ele está nessa batalha há muitos anos e agora é a hora de conscientização da importância da legalização dos jogos.