Dos dez pequenos municípios brasileiros com forte dependência da administração pública na economia, cinco estão concentrados no Piauí. É o que indica levantamento da Confederação Nacional dos Municípios, divulgado na quinta-feira, 20 de dezembro.
Neste sentido, as cidades piauienses com menor Produto Interno Bruto (PIB) por preços correntes chegam a depender em até 76% da administração pública para manter a economia ativa. É o caso por exemplo, onde 75,8% do valor adicionado ao PIB advém da administração pública. Também estão incluídos na lista cidades como Olho D’Água do Piauí, São Luís do Piauí, Aroeiras do Itaim e Miguel Leão.
O estudo sintetiza que que 2.725 dos 5.570 Municípios tiveram como principal atividade econômica a Administração Pública em 2016. Isso representa 48,9% das prefeituras do país.
De acordo com os dados catalogados pela Confederação, o cálculo do PIB dos Municípios se baseia na distribuição do valor adicionado bruto a preços básicos, em valores correntes das atividades econômicas, obtido pelo Sistema de Contas Regionais do Brasil (SCR). Desses 2.725 Municípios, a CNM identificou que 96% são de pequeno porte; 3% de médio e 1% de grande porte. No Nordeste, mais da metade dos Municípios encontravam-se dependentes da administração pública. Depois do Nordeste, aparecem, com números bem menos expressivos, respectivamente, o Norte, o Sudeste, o Centro-Oeste e o Sul.
A tipologia rural-urbana do IBGE em 2017 classificou os Municípios a partir de três critérios básicos – urbanos, rurais ou intermediários, levando em conta a densidade demográfica, a localização em relação aos principais centros urbanos e o tamanho da população. Essa tipologia se desdobra em quatro categorias: Intermediário Adjacente, Intermediário Remoto, Rural Adjacente, Rural Remoto e Urbano.