O ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, afirmou nesta quinta-feira (20) que os municípios têm que fazer um plano de contingência e orientar a população em situações de crise até que o governo conclua o sistema nacional de prevenção e alerta de desastres naturais. O ministro reafirmou que o sistema estará totalmente implementado em até quatro anos.
"Vamos mobilizar todos os recursos que estão ao nosso alcance [para implementar o sistema nacional de prevenção], mas até lá, as defesas civis dos municípios têm que discutir um plano de contingência e buscar orientar a população em situações de crise", disse Mercadante. Ele participou do programa Bom Dia Ministro, produzido pela Secretaria de Imprensa da Presidência da República e transmitido pela NBR TV.
O ministro disse que a prevenção não se esgota com a instalação do sistema nacional. Segundo ele, é preciso que haja mais fiscalização, principalmente nas áreas de encosta, e que os planos diretores das cidades levem em conta as condições ambientais para a construção de casas e bairros.
Mercadante disse ainda que os municípios precisam de ajuda do governo federal para "amenizar" a falta de planejamento urbano. "Evidentemente muitos municípios precisam de programas federais para poder amenizar a falta de planejamento urbano, que é um dos fatores de risco para a cidade".
O ministro disse que o governo vai começar a implementar o sistema nacional de prevenção "imediatamente" e que um dos primeiros resultados será a melhoria da previsão metereológica. "Se tivéssemos um sistema, poderíamos evitar mortes", afirmou.
Pesquisa
Durante o programa, o ministro falou sobre a repatriação de cientistas e a ampliação dos investimentos em pesquisa e inovação. Segundo ele, o Brasil superou a recessão, alcançou a estabilidade econômica e política e está crescendo, por isso torna-se atrativo para os pesquisadores brasileiros que estão no exterior.
O ministro disse que além de incentivar o retorno de cientistas brasileiros, o governo pretende trazer pesquisadores estrangeiros para o Brasil. "Vamos oferecer bolsas para que pesquisadores estrangeiros passem um período no Brasil", afirmou.