Neste onze de Abril, ainda no embalo dos primeiros seus 100 dias de Governo, o Presidente Lula embarca para a China, onde cumprirá agenda de negócios e trabalhará no fortalecimento das relações entre as duas importantes nações. O encontro que Lula deveria ter tido com o Presidente da China, Xi Jinping, no dia 28 de Março,e que foi cancelado em virtude dos problemas respiratórios que o acometeram, deverá acontecer ainda nesta semana, culminando os objetivos de sua visita ao maior parceiro comercial do Brasil.
A reunião com o presidente chinês Xi Jinping será na sexta-feira, dia 14. Na quinta-feira,13, o Presidente Lula vai a Xangai, onde participará da cerimônia de posse da ex-presidente brasileira Dilma Roussef no comando do New Development Banck, o importante Banco dos BRICS, formado por Brasil, Rússia, China e África do Sul. A comitiva presidencial inclui senadores e deputados.
Parcerias
Na programação da viagem anterior, mesmo Lula tendo cancelado sua ida, muitos ministros e mais de 200 empresários de diferentes setores da economia brasileira mantiveram a ida e estabeleceram negociações com os chineses, que agora o Presidente brasileiro deverá referendar, consolidando e ampliando as relações entre os dois países.
Lula tem reiterado que quer revigorar boas e recíprocas relações com os chineses, abaladas durante o mandato do ex-presidente Bolsonaro, que nunca perdeu oportunidade para falar mal dos chineses, e dificultar negociações, não se sabe a que interesse. China é o principal parceiro comercial do Brasil desde 2009, relação positiva que se estabeleceu justamente durante o primeiro mandato de Lula, e o governo quer diversificar a relação com o país.
Entre os 240 empresários que entraram no rol de convidados para a viagem à China, 90 representam o agronegócio, um segmento de elevado interesse para o governo chinês, sendo o setor, exatamente, que tem sustentado as boas parcerias comerciais com o país asiático. Mas o Brasil, contudo, pretende- por vontade e disposição de Lula-, buscar novas oportunidades de mercado para o país, como, por exemplo, vender mais itens industrializados, e não apenas se concentrar em commodities, como soja e minério de ferro. Desse modo, portanto, a comitiva brasileira manteve um seminário empresarial, onde essas novas oportunidades de negócios foram discutidas e, agora, com a presença de Lula, deverão ser ratificadas.
Acordos comerciais
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, antecipou que pelo menos 20 acordos comerciais deverão ser assinados durante esta visita do Presidente Lula, relacionados não apenas à exportação e importação de produtos, mas de parcerias no campo do meio ambiente, uma questão que o governo brasileiro considera crucial, especialmente no tocante à Amazônia. O Brasil quer o apoio da China para que Belém (PA) seja a sede da COP-30, em 2025, uma proposta para a conferência climática lançada logo no início do governo, em janeiro. Outra oportunidade é pedir ao governo de Xi Jinping recursos para o Fundo Amazônia. Além disso, o governo quer garantir dinheiro chinês para o Fundo da Amazônia.
Para que se tenha uma ideia da importância da China nas relações comerciais com o Brasil, o país asiático concentra 31% das nossas exportações de produtos agrícolas. Lula e empresários querem ver isso diversificado. E a oportunidade é agora. Daí, tanto interesse e esperança do empresariado e do governo em relação a essa visita.
O raciocínio do governo brasileiro é que a China é um dos grandes produtores mundiais, contudo, com 1 bilhão e 400 milhões de habitantes como tem, são gigantes as possibilidades de exportações brasileiras para suprir as necessidades daquele povo. E o Brasil tem incontáveis possibilidades para produzir e abastecer. Com essa gigantesca quantidade de gente vivendo na China, sempre haverá novos e atraentes nichos de mercado para as empresas brasileiras. E com essa disposição revelada por Lula, podem ser esperados grandes avanços e alcançadas muitas conquistas.
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