A cúpula do PMDB se reuniu nesta segunda-feira para discutir as estratégias do partido para serem levadas para a reunião desta sexta-feira, 19, onde o governador deverá anunciar o nome escolhido para encabeçar a chapa governista. Após o término das discussões, o deputado federal Marcelo Catro (PMDB), presidente regional da sigla, reafirmou que o partido permanece na base aliada, mas admitiu que mantém negociações com a oposição.
Segundo o parlamentar, o PMDB não descarta nenhuma possibilidade de alianças, seja no bloco do governo ou na oposição. ?Dialogamos com todos. Não temos portas fechadas com ninguém?, explicou. No entanto, Castro reafirmou que o PMDB pretende cumprir o acordo estabelecido na reunião na casa do governador, ainda em novembro do ano passado. ?Fui para a reunião com o governador, autorizado pelo partido, e demos nossa palavra de que cumpriremos o acordo. Agora, quem vai quebrar o acordo, se é que o acordo será quebrado, não será o PMDB. O PMDB tem palavra?, frisa.
No entanto, havendo racha, cada uma das arestas que compõem o bloco governista, estará livre para tomar os rumos que entenderem ser melhores para seus partido. ?Se um quebrar o acordo, está tudo zerado. Vamos começar do zero, não só o PMDB, mas os outros partidos também. Foi isso que foi acordado desde o primeiro dia?, enfatiza, ressaltando que até o dia 19, o PMDB tem pré-candidato ao Governo do Estado.
Crítica ? O deputado Marcelo Castro não deixou passar despercebida a última reunião do Partido dos Trabalhadores. De acordo com ele, ?a autoridade que o partido deu ao governador, possui uma trava?. O argumento do deputado é que o PT passou para o governador a coordenação do processo sucessório, mas recheado de restrições, mesmo tendo estabelecido, por meio de uma carta compromisso, que qualquer que seja a deliberação do governador, o partido acatará. ?Só que eles dizem que se o governador ficar no governo, o PT terá candidato próprio. Eles apóiam qualquer deliberação do Wellington Dias, desde que o mesmo saia para se candidatar ao Senado. Caso contrário, se o governador permanecer no cargo, ele não pode coordenar o processo??, indaga.
Chapa proporcional ? Sobre as discussões a cerca da formação das chapas proporcionais, o PMDB admite que ainda não houveram conversas nesse sentido. ?No bem da verdade, ainda não discutimos isso, mas o PMDB deverá lançar 9 ou 10 candidatos a deputados estaduais e 2 ou 3 a deputados federais, com grandes chances de vitória?, contabiliza, confessando que as pretensões do partido, caso não seja escolhido para encabeçar a chapa, é pela vaga de vice. ?Não descartamos o senado, mas não está nas nossas prioridades?, enfatiza, destacando que sua pretensão pessoal (caso não seja o candidato da base) é tentar uma reeleição para a Câmara Federal. ?Volto a ser deputado, estou bastante satisfeito com o nosso último feito (aprovação da emenda do pré-sal)?, pontua. (M.M)